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A evolução da ocupação hoteleira preocupa a APHORT

A evolução da ocupação hoteleira preocupa a APHORT

A APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo mostra-se apreensiva face aos últimos dados divulgados pelo INE relativos à atividade turística e às eventuais consequências que a não valorização de indicadores como a taxa de ocupação ou a estada média possa trazer para a economia nacional.

“Os dados demonstram que o aumento da procura turística não está a acompanhar o aumento da oferta hoteleira, a nível nacional, o que pode ser um sinal preocupante”, afirma Rodrigo Pinto Barros, presidente da APHORT. “Aparentemente, indicadores como a taxa de ocupação-cama ou a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico são números de que ninguém quer falar”, acrescenta.

Recorde-se que, de acordo com o INE, a taxa de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico tem vindo a cair, de forma contínua, face aos valores registados no ano passado. Este indicador, que traduz a relação entre o número de dormidas e o número de camas disponíveis, recuou 1,8 p.p. em março de 2019, depois de já ter diminuído 1,5 p.p. em fevereiro. No que diz respeito à variação homóloga dos resultados acumulados no primeiro trimestre deste ano, verificou-se um decréscimo de 1,1 p.p. face ao ano anterior.

No que toca à estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico, esta tem vindo igualmente a diminuir. Em março de 2019, este indicador fixou-se nas 2,48 noites, o que correspondeu a uma redução de 3,6% face ao ano anterior. Já em fevereiro deste ano, o panorama tinha sido de contração, revelando uma estada média de 2,42 noites, o equivalente a um decréscimo de 3,9% em relação ao período homólogo de 2018. A análise do primeiro trimestre de 2019 apresenta uma diminuição de 3,2% na estada média face ao mesmo período do ano anterior.

Ainda que estes resultados tenham sido condicionados pelo facto deste ano as épocas festivas terem sido assinaladas em meses diferentes dos do ano passado (nomeadamente o Carnaval – que em 2019 foi celebrado em março e no ano passado em fevereiro -, e a Páscoa – que este ano foi comemorada em abril e no ano passado em março), nas palavras de Rodrigo Pinto Barros “esta é uma realidade à qual não só o setor da hotelaria, mas todos os agentes económicos precisam de estar atentos. Não queremos ser alarmistas, mas também não nos podemos deixar condicionar por uma leitura apenas parcial dos dados que nos são apresentados. A taxa de ocupação e a estada média são indicadores que precisam de ser acompanhados de forma atenta e permanente. Não nos interessa continuar a abrir novos hotéis se depois não conseguimos ocupar todas as camas que disponibilizamos. A não valorização destes dados pode conduzir-nos a uma nova crise no setor, mais do cedo do que possamos pensar”, alerta o presidente da APHORT.

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