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AED: Outubro é dedicado à Segurança Alimentar

O Ano Europeu para o Desenvolvimento dedicou o mês de Outubro à Segurança Alimentar, posta em causa pelas alterações climáticas, pelos desastres naturais, pela instabilidade política e pelos diversos conflitos.

O comércio internacional é outro fator que, juntamente com as políticas de importação e exportação afetam a disponibilidade e preço dos produtos alimentares, condicionando o acesso dos mais pobres aos alimentos.

Entende-se por Segurança Alimentar o acesso físico e económico a alimentos seguros, nutritivos e suficientes para satisfazer as suas necessidades dietéticas e preferências alimentares, e para levarem uma vida ativa e sã. No entanto, e apesar do reconhecimento do direito à alimentação e da importância da segurança alimentar, uma em cada oito pessoas no mundo passa fome e cerca de 1/3 dos alimentos produzidos para consumo alimentar são desperdiçados.

A fome e a subnutrição são inimigas do desenvolvimento humano e refletem-se não só na qualidade de vida das pessoas, mas também nas perspetivas de crescimento e desenvolvimento das sociedades. Ter acesso a alimentos a preços comportáveis, que promovam a saúde e a boa nutrição, num contexto de população mundial em crescimento, permanece um grande desafio internacional.

“A humanidade dispõe de todos os recursos necessários para erradicar a pobreza extrema e, como tal, acabar com a fome e todas as formas de subnutrição. Para tal, é necessário criar um ambiente adequado à redução destes problemas, a qual passa pelo fornecimento de bens e serviços públicos para o desenvolvimento do setor agrícola, o acesso equitativo aos recursos pelos pobres, o empoderamento das mulheres e a implementação de sistemas de proteção social” afirma Ana Paula Laborinho, presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua. Estes sistemas de proteção social devem ter também em conta que grande parte da população mundial vive no meio rural e que estas comunidades, que incluem os pequenos agricultores e a agricultura familiar, têm uma grande importância no combate à insegurança alimentar e nutricional.

Cláudia Semedo, embaixadora do Ano Europeu para o Desenvolvimento em Portugal, afirma que “o mundo necessita que haja um crescimento económico inclusivo, onde todos tenham o mesmo acesso a alimentos, meios de produção e recursos. O aumento da produtividade sustentável dos recursos agrícolas é também um fator-chave para o aumento da disponibilidade de alimentos e para a melhoria da segurança alimentar e nutricional. É importante que haja um aumento do investimento para as infraestruturas rurais, para o desenvolvimento de tecnologias e para o aumento da capacidade da produção agrícola nos países em desenvolvimento, que continuam a ser os países onde há mais situações de fome e de subnutrição”.

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