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Ambulância do INEM parada por falta de recursos

O Conselho Português de Proteção Civil (CPPC), reportando-se às 36 novas ambulâncias entregues pelo INEM às corporações de bombeiros, a 28 de Julho passado, alerta para o fato de uma dessas ambulâncias, se encontrar parada, por falta de pessoal para a operar.

Em nota dirigida às redações, o CPPC, afirma que a Ambulância INEM entregue aos Bombeiros de Alvaiázere, não opera desde a entrega, “porque alegadamente a Direcção da Associação de Bombeiros, recusa contratar profissionais para assegurar a operacionalidade deste meio de socorro à população, facto que contraria as suas obrigações estatutárias”.

No contato direto estabelecido por esta redação com um elemento da Direção da Associação dos Bombeiros de Alvaiázere, a ambulância do INEM encontra-se efetivamente parada, não por recusa, mas e apenas por falta de meios humanos no próprio efetivo, uma vez que tendo de funcionar em regime de 24 x 24, tem de ser dotada de três equipas, três turnos, para operar em pleno.

Os Bombeiros de Alvaiázere, limitados nos meios financeiros, que lhe permitam admitir o número de profissionais necessários, à semelhança da maioria das corporações nacionais, está a tentar encontrar uma solução, com recurso a bombeiros desempregados inscritos no IEFP e a um acordo com o INEM, no que tem a ver com o elemento TAS, especialista que é exigido no efetivo, para que aquela ambulância funcione.

O subsídio que o INEM entrega às associações de três em três meses, por cada ambulância, apenas serve para custear despesas com combustíveis e consumíveis, não sendo suficiente para ajudar a pagar os custos com o pessoal, motivo que obriga a associação a encontrar soluções que não agravem a já de si, difícil situação financeira que enfrenta.

Sobre as condições de apoio e resposta às solicitações da comunidade, aquele responsável, garante que os Bombeiros de Alvaiázere continuam a dar a resposta adequada, mas utilizando os seus próprios meios, sendo por isso os primeiros interessados, em colocar a ambulância do INEM em funcionamento.

Para o CPPC, “a vulnerabilidade das corporações de Bombeiros Associativos como “parceiro fundamental” do Sistema Integrado de Emergência Médica, já que devido a assimetrias de capacidade de resposta e até da formação das tripulações não garantem a uniformidade do Sistema, colocando por isso em risco vidas humanas, factos que reforçam a convicção deste Observatório de que o socorro público deve ser gerido e operacionalizado por empresas públicas, ou mesmo privadas, que garantam a operacionalidade e qualidade, o que grande parte das associações de bombeiros de direito privado actualmente não garante, apesar da sua confederação alegar que estão muito bem preparadas e altamente qualificadas, alegações que o CPPC não aceita por verossímil”.

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