Portugal é um dos países europeus onde o setor público apresenta os maiores atrasos nos pagamemtos às empresas, com um tempo médio de atraso na ordem dos 149 dias às empresas de construção, 144 dias às empresas de media, 137 dias às empresas de serviços financeiros e 93 dias às empresas de eletricidade, gás, etc.
Segundo o EPI 2014 Industry White Paper, da Intrum Justitia, 48% das empresas de construção em portugal teve de despedir trabalhadores para contornar os problemas financeiros resultantes dos atrasos nos pagamentos por parte do setor público, tendo sucedido o mesmo em 40% de empresas de serviços financeiros e 38% nos serviços empresariais.
A 10ª edição do estudo da Intrum Justitia que abrangeu 10 000 empresas em 31 países europeus, confirma que as empresas de construção são as que mais sofrem com atrasos ou falta de pagamentos por toda a Europa, onde cerca de 53% das empresas europeias afirma que os atrasos de pagamento têm um grande impacto no risco de negócio da empresa, 64% defendem que o não pagamento ou os atrasos impedem o seu crescimento.
Para Luis Salvaterra, Diretor Geral da Intrum Justitia “O futuro das empresas e dos trabalhadores vai depender da sua capacidade de manter um controle firme sobre os custos através da implementação de processos de gestão de crédito altamente eficientes, de modo a contrariar os atrasos que se verificam em alguns setores com maiores problemas de liquidez, nomeadamente, aqueles que trabalham com o setor público onde a duração média de pagamento a nível europeu é de 58 dias”.
