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Putativamente falando…

A actividade financeira é uma área imaculada. É certo que há uns desviozitos, enfim, uns negócios menos católicos, mas sempre tudo numa zona protegida, onde a ética tem outros padrões e outras leituras muito mais abrangentes e permissivas. São negócios entre gente de bem, claro. Tudo pessoas da mais impoluta honestidade e grande espírito empreendedor e de visão larga. Convém não esquecer que são os banqueiros e todo o seu séquito de colaboradores, investidores, administradores e outros, que nos proporcionam a vida que nós temos. Eles, que se preocupam tanto em disponibilizar capitais para nós podermos levar a vida que ...

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A utopia dos militares castrados…

O novo quadro legislativo que o Ministério da Defesa está a preparar, prepara-se para introduzir alterações às liberdades individuais dos militares, que podem ser consideradas um verdadeiro atentado ao seu direito à cidadania. Mais ainda, estas alterações podem não só atentar contra a liberdade cívica dos militares, mas também pôr em causa a verdadeira essência das Forças Armadas, agredindo a sua inalienável ligação à sociedade civil e mais profundamente ainda, ao povo português, do qual emanam por natureza. Isto, assume pois, a forma premeditada de um atentado à sua própria razão de existir. Neste novo projecto legislativo, considera-se que, no ...

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Protejam-se, que ele vai procriar…

Li e fiquei sinceramente assustado! Passos Coelho descobriu agora o problema da baixa natalidade em Portugal e no sul da Europa. E decidiu tomar medidas, agora que a Troika se foi embora (foi mesmo?…) e ele já tem tempo e paz de espírito para pensar nos problemas estruturais do país. Como o acusavam de ele apenas obedecer às ordens emanadas do estrangeiro, nomeadamente da Europa, ele vai agora começar a disparar em todas as direcções, propondo, exigindo e recomendando soluções para os problemas que antes eram menores. O problema da fraca natalidade em Portugal está directamente ligado ao pesado fardo ...

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Um país sem rumo…

De cada vez que abro uma página branca à minha frente interrogo-me que ideias irei eu expor ou que dúvidas irei levantar e de cada vez concluo o exagero de palavras que tenho gasto para denunciar o que me choca ou incomoda. Que desperdício de palavras, ideias e desespero. Que falta de respeito pelos silêncios que preferiria usar… Será que vale a pena toda esta minha inquietação e desconforto? Esta minha raiva? Esta revolta?… Sou eu que não encontro o rumo certo ou é o meu próprio país que está sem rumo? Sou levado a concluir que são ambas as ...

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A semana em três registos…

Numa semana com Dia de Portugal, início do Mundial e Santo António de Lisboa é difícil escolher um tema, tanto mais que qualquer um dos três teria pano para mangas… umas curtas, outras mais compridas e outras, ainda, mesmo de cava… Quanto ao Dia de Portugal, é tema que daria para um livro… mas esse já Camões o escreveu. Agora, que o Camões ficaria cego de estupefacção e vergonha ao ver o estado do país, era certo!… Seria caso para ter de fazer uma nova edição, revista e aumentada, dos Lusíadas, mas agora em economês, que é a única linguagem ...

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O duelo dos Tós…

Começo com uma indispensável declaração de interesses. Tenho simpatia pelo Tó Costa. Acho-o um cidadão, um político e um autarca suficientemente credível que, sem estar isento de defeitos e vícios inerentes à política, me merece respeito e expectativas de bom desempenho. Já quanto a Tó Zé Seguro, essencialmente, sinto-me inseguro. Não lhe reconheço estatura política, embora ele seja um filho da política e tenha todos os atributos para se saber movimentar nesse mundo pardo e escorregadio, viscoso e tenebroso, se bem que pelos piores motivos. Tem uma prática carreirista e um grande vazio de ambições politicamente correctas, movimentando-se bem, tanto ...

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Evitar o suicído de um país…

É voz corrente dizer-se que Portugal é um país ingovernável. Esta afirmação ganha força, geralmente, após eleições que nos apresentam números pouco expressivos e que reforçam a existência de um chamado bloco central sem grande robustez política, que apenas reflecte uma sede insaciável de poder. Esta sede de poder traduz-se numa quase completa ausência de qualidade política, num estéril projecto de arte da governação em prol da qualidade de vida dos portugueses, porque assenta quase exclusivamente em obscuros jogos de interesses, que se aproveitam do poder em abstracto, para um verdadeiro assalto a oportunidades de negociatas que redundam em chorudas ...

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Marcas e Empresas: A cultura do efémero

A modernidade é um conceito legítimo e desejável em qualquer sociedade, mas não deve ser usado e abusado enfaticamente como suporte a um vazio de conteúdo ou a uma irreprimível ânsia de mudança apenas pela mudança. Vem isto a propósito duma prática de marketing, nomeadamente empresarial, que leva a fazer da mudança uma bandeira sem valores só para mostrar falsas inovações, quando o que se passa são apenas meras operações financeiras e de estratégia comercial para atingirem os propósitos que já eram e que continuam, no essencial, a ser os mesmos. As empresas têm toda a legitimidade de quererem estar ...

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Eleições Europeias. Onde está a Europa?

Dizem que estão aí as eleições para o Parlamento Europeu, embora não pareça. Quem estiver atento à campanha, quase a contragosto, dos partidos do malfadado arco da governação, mais parece que as eleições são para as Juntas de Freguesia que englobam a Lapa, o Largo do Rato e o Largo do Caldas. Uma coisa assim caseira e irrelevante. Resume-se a um confrontozeco de tricas e azias partidárias, que não chegam sequer à fronteira com Espanha, quanto mais à Europa. Isto compreende-se porque eles nada têm a dizer acerca da Europa, até porque, o que os separa neste âmbito é muito ...

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Limpinho, limpinho, limpinho…

Nada como sermos asseados. Não sei se se lembram, mas já no Estado novo, a questão da limpeza era muito importante. A limpeza e a bucha para comer, o que dava a ideia de não haver fome… Daí aquela frase popular, muito usada em fadunchos e outros veículos de pedagogia popular, da “casa portuguesa com pão e vinho sobre a mesa”. Não se infira daqui, ainda por cima agora que o Fado é, e muito bem, Património da Humanidade, que a canção nacional tenha de ser associada ao fascismo. O que acontece é que os regimes totalitários gostam muito de ...

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