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Magazine chinês Caijing numa banca de jornais em Pequim. Wang Xiaolu, repórter do jornal, foi preso por autoria de reportagens sobre o mercado de ações. (AFP / Wang Zhao/cpj)

China, Egipto e Turquia lideram o ranking de Jornalistas presos

O relatório do Comité de Proteção dos Jornalistas (CPJ), da autoria de Elana Beiser, identifica 199 jornalistas presos em 2015, por terem abordado temas ou denunciado atos considerados lesivos para as respetivas sociedades, no exercício da sua atividade profissional.

Segundo o relatório do CPJ, a China, o Egipto e a Turquia, são os países que levam à prisão, o maior número de profissionais da comunicação social, seguidos do Bangladesh, Gâmbia, Índia e Arábia Saudita, enquanto o Irão, o Vietnam e a Etiópia, são os paises, onde se verificam menos prisões de jornalistas.

A China que atualmente lidera o ranking negro dos maiores carrascos do jornalismo, impõe a prisão a “tudo o que mexe” em temas criticos do poder, encarcerando todos os que arriscam desalinhar da cartilha e recusam silenciar, os problemas que mais afetam a sociedade chinesa.

A China tem atualmente em prisão 49 jornalistas, um recorde assinalado no relatório do CPJ. Uma da mais recentes vítimas dos apaniguados de Xi Jinping, foi “Wang Xiaolu, repórter do magazine de negócios “Caijing” com sede em Pequim, preso sob a acusação de “produzir e divulgar informações falsas sobre o mercado imobiliário” depois de ter denunciado um regulador nacional, que estaria a estudar formas de obrigar as empresas imobiliárias, a retirarem-se do mercado de ações” para atenuar o seu impato nos mercados.

O relatório de Elana Beiser, assinala o Egipto como “o segundo pior carcereiro de jornalistas em todo o mundo”, onde o Presidente Abdel Fattah el-Sisi, usa e abusa em nome da “segurança nacional”, para “reprimir a dissidência”, encarcerando todos quantos denunciam temas relacionados com as ações do poder, fazendo dos jornalistas um alvo preferencial.

Atualmente no Cairo encontram-se em prisão efetiva 23 jornalistas, um número que cresceu comparativamente a 2014, quando havia 12 profissonais em prisão. “Atrás das grades por exemplo está Ismail Alexandrani, um freelance focado na conturbada Península do Sinai”, que foi preso recentemente, quando chegava ao país, vindo da Alemanha.

A Turquia é outro dos paises em que a ação repressiva sobre profissionais da comunicação, cresceu de forma muito grave, dobrando em número, a prisão de jornalistas, muito especialmente daqueles que abordam a temática PKK.

Segundo o CPJ, os dois mais recentes encarcerados, são Can Dundar e Erdem Gul, do diário independente “Cumhuriyet”, supostamente “acusados de espionagem e ajuda a um grupo terrorista” por terem sido autores de reportagens que denunciavam os serviços secretos da Turquia (MIT), de transferirem armas para a Síria, sob o disfarce de auxílio humanitário”.

O CPJ define como jornalistas, “pessoas que cobrem notícias ou comentam sobre assuntos públicos nos meios de comunicação, editores de meios impressos, fotógrafos, profissionais da rádio, de televisão ou meios online. No censo anual de prisões, o CPJ inclui apenas os jornalistas que confirmou, terem sido presos no exercício da sua atividade profissional”.

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