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Congresso de Pneumologia debateu o Surto de Legionella

O XXXI Congresso de Pneumologia organizado pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que encerrou no passado sábado (7), no Centro de Congressos Epic Sana Algarve, contou com a presença record de cerca de 900 inscritos, que debateram os temas mais atuais e relevantes, relacionados com a Patologia Respiratória.

Foram apresentados à comunidade científica, os trabalhos clínicos e de investigação de diversos grupos, promovendo o contacto entre os diferentes centros do País e centros internacionais de reconhecida qualidade, motivando e estimulando o entusiasmo e a criatividade, principalmente dos participantes em formação.

Decorrido um ano, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia relembrou o dia em que o debate em torno da Legionella transpôs o meio clinico para passar a ser o centro das atenções da opinião publica.

O primeiro alerta fez-se sentir no final da tarde do dia 07 de novembro de 2014, altura em que a Sociedade Portuguesa de Pneumologia se preparava para encerrar o Congresso de Pneumologia, onde se encontrava grande parte da comunidade médica nacional da área da saúde respiratória.

Hoje é inevitável não recordar aquele que foi o 2º maior surto de legionella do mundo e avaliar os procedimentos que permitiram controlar o surto em duas semanas.

Para a comunidade médica e entidades envolvidas no diagnóstico, controlo e tratamento das pessoas infetadas, este foi um desafio que exigiu uma rápida resposta e a criação de uma equipa de intervenção multidisciplinar, coordenada pelo Diretor Geral da Saúde.

O surto de Vila Franca de Xira, o 2º maior do mundo, foi controlado em duas semanas, tendo registado 377 casos e 14 óbitos.

Foi no âmbito de um painel de discussão subordinado ao tema “Surto de doença dos legionários de Vila Franca de Xira: a ação de uma equipa multidisciplinar”, que Teresa Marques, Coordenadora do Programa de Vigilância Epidemiológica Integrada da Doença dos Legionários, esclareceu que “”para a grande magnitude deste surto contribuiu a coincidência de condições meteorológicas, ambientais e microbiológicas favoráveis á sobrevivência e disseminação da bactéria implicada, associada à concentração urbana”. Segundo a especialista “a articulação intersetorial e prontidão de intervenções conjuntas contribuíram para a celeridade da investigação e para o controlo rápido do surto””.

Segundo Carlos Robalo Cordeiro, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que na altura foi um dos médicos chamados a esclarecer a opinião publica sobre o impacto da Doença do Legionário na saúde, “”este foi um caso que, para a comunidade médica, constitui hoje um importante case study, do qual, certamente, há a retirar importantes informações.
Com este caso abriu-se o caminho para a criação de normas de orientação clínica que especifiquem situações em que deve ser pedido diagnóstico laboratorial de Doença dos Legionários e metodologias a utilizar. Por outro lado sentimos que as pessoas estão mais sensibilizadas para os riscos e para os focos de contágio””.

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