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DECÊNCIA SENHORES… DECÊNCIA

P.Guedes de Carvalho

P.Guedes de Carvalho

Numa das minhas insónias características da idade e dos ritmos biológicos, vi em repetição o programa de “Negócios da Semana” com Carlos Barbosa, presidente do ACP, Henrique Neto conhecido socialistas e um jovem jornalista Gustavo Sampaio que escreveu o livro sobre os Privilegiados e que provocou a reação intempestiva de Celeste Cardona devido à sua fotografia ter aparecido na capa junto de tão “horrorosas” criaturas conotadas com a criminalidade e a corrupção em casos mediáticos.

A conversa decorreu num ambiente tal que, ao fim de algum tempo eu julguei que estavam mesmo todos de acordo e até se notava um certo consenso amistoso de que… isto é assim, mesmo assim e não se pode fazer nada.

Mas eis que Carlos Barbosa fala do processo jurídico imenso e que dura há anos e que move o ACP e as SCUT. Ele deixou uma luz positiva no ar de que o processo será resolvido pelos tribunais, que o Estado será responsabilizado e que nós, os consumidores/utentes iríamos ser ressarcidos. Êh pá que alívio, uma coisa boa. Mesmo assim fiquei desconfiado. Mas ele continuou: os nossos estudos e pesquisa/investigação apontam para que o problema está confinado apenas a 30.000 indivíduos. Sim ele disse apenas. Mas quem? Disse alguns nomes entre os quais os suspeitos do costume e disse que só prendiam os menos maus, tipo Isaltino e Vale e Azevedo. Sim, eram ou são 30.000 que giram entre governos, autarquias, empresas e institutos públicos, grandes multinacionais com participação de estado, banca, fundações e outras quejandas. Ou seja, servem(se) no Estado, premeiam-se com administrações em qualquer coisa (águas, transportes, correios, bancos, electricidade, etc. E, quando muda o partido do governo, gira a roda. Saem uns e entram outros. É só dar a vaga. E como? Com o dinheiro dos nossos impostos arrecadado supostamente para pagar as despesas do Estado (que não estas).

Não chega? Vamos então às pensões de sobrevivência e às de reforma de quem descontou toda a vida. As deles não, pois serviram(se) 8 ou 12 anos (o máximo) no sector publico e ganham direito a uma reforma vitalícia.

Está identificado o fenómeno. Estão identificados os nomes da maioria deles, mas mesmo assim, é normal!?!?

As últimas eleições já deram um pequeno sinal de que já não queremos autarcas profissionais cujo território que administram não interessa. Ser bom em Gaia ou Sintra não significa poder ser aceite no Porto ou em Lisboa. Haja decência meus senhores, um bocadinho ao menos.

No entretanto sai no Expresso que vai haver 21 mil novos milhões de fundos regionais. Para quem? Para que regiões? Para as que já ultrapassaram os 75% da riqueza media na UE?
Estou em crer que sim, pois essa gente não tem a decência sequer de vir para regiões desfavorecidas mostrar o que vale sem recursos.

Haja decência meus senhores e puna-se nas urnas e nos tribunais, retirando todas essas mordomias de pensões vitalícias.

Por: Pedro Guedes de Carvalho

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