A estimativa divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística, aponta para um crecimento da economia no segundo trimestre, na ordem dos 2,3%, um valor superior ao verificado nos primeiros três meses do ano, que se cifrou nos 2,1%.
Segundo o INE, a procura interna foi a motora desse crescimento, apoiada no investimento, no consumo privado e na procura externa, com destaque para a exportação de mercadorias que cresceram 10,5% no 2.º trimestre a um ritmo que superou as importações.
A indústria automóvel aumentou as exportações em 38%, o que representa mais 940 milhões de euros do que o mesmo período do ano anterior. A indústria aeronáutica registou um crescimento de 18%. As exportações de serviços cresceram 7,7%. O setor do turismo cresceu 14%, o que representa mais 650 milhões de euros que o mesmo período do ano anterior. Os serviços de transporte cresceram 8,5% e os serviços de telecomunicações e informática cresceram 14%.
A aceleração do crescimento permitiu as melhorias verificadas no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego do segundo trimestre de 2018 a descer para 6,7% da população ativa, o que corresponde ao valor mais baixo dos últimos 14 anos e se materializa em mais 115 mil pessoas empregadas que na mesma altura do ano anterior e num aumento dos salários em todas as categorias de rendimento.
“Este crescimento ocorre num contexto de equilíbrio das contas externas e de gestão orçamental responsável. Esta mudança estrutural, apoiada por condições de financiamento mais estáveis, é o melhor garante de resiliência face a eventuais flutuações externas bem como da provisão sustentável de serviços públicos, não apenas no presente mas também no futuro”, refere a nota do Gabinete do Ministro das Finanças.