O envelhecimento da população e as múltiplas patologias, são a justificação da Direção Geral de Saúde, para o elevado número de mortes relacionadas com as vagas de frio, segundo Graça Freitas, a subdiretora-geral daquele organismo, em declarações à Agência Lusa.
De acordo com o último boletim de Vigilância Epidemiológico do Instituto Ricardo Jorge, entre Dezembro de 2014 e 22 de Fevereiro de 2015, registaram-se mais 4.625 mortes do que se esperava, o maior registo desde a época gripal de 1998-1999, na qual se verificaram 8.514 óbitos.
Aquela responsável considera que a realidade há vinte anos era outra, mas não deixa de admitir, que os problemas que se têm registado nos hospitais, nomeadamente de falta de pessoal, têm influência na oferta e na procura.
“Obviamente que, quando há problemas nos serviços, há sempre duas vertentes, uma que é a procura e outra que é a oferta, afirmou a Sub Diretora da DGS, destacando que, “é preciso realçar é que, em 1998, já lá vão quase 20 anos, a realidade era outra. Hoje, temos uma população muitíssimo mais idosa, a viver isolada, com múltiplas patologias e múltipla medicação”.
Apesar de se estimar que pico da gripe já terá passado, Graça Freitas garantiu que os centros de saúde vão continuar com os horários alargados.
