A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou após dois dias de reunião da Comissão de Emergência Sanitária, em Genebra, que a epidemia de Ébola que grassa em África, é uma “emergência de saúde pública de carácter mundial”.
Esta “declaração de emergência de saúde pública visa alertar para o reforço da vigilância em relação ao vírus do ébola”, afirmou Margaret Chan, a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde.
Para a OMS, não há dúvidas que as consequências da propagação internacional do vírus são “particularmente graves”, o que justifica a decisão daquela organização, que considera que esta é a pior epidemia de Ébola, nas últimas quatro décadas.
Margaret Chan a diretora-geral da OMS, afirmou ainda, que os países da África Ocidental mais atingidos pela epidemia, Guiné Conacri, Nigéria, Libéria e Serra Leoa, “não têm meios para responderem sozinhos à doença” apelando à comunidade internacional que forneça o necessário para o combate à epidemia e afirmando que é necessária “uma resposta internacional concertada para travar e fazer recuar, a propagação mundial”.
Na europa e segundo Graça Freitas, a directora-adjunta da Direcção-Geral da Saúde, os parceiros europeus estavam a analizar o documento da OMS, afim de concertarem uma posição.
O vírus do ébola transmite-se por contacto directo com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados. A febre manifesta-se através de hemorragias, vómitos e diarreias. A taxa de mortalidade varia entre os 25 e 90% e não foi ainda produzida uma vacina contra a doença.
