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Especialistas debatem a Saúde da Mulher em Portugal
Especialistas debatem a Saúde da Mulher em Portugal

Especialistas debatem a Saúde da Mulher em Portugal

Os desafios da Saúde da Mulher, vão ser debatidos no maior encontro nacional dos especialistas na área da Ginecologia e Obstetrícia, que se realiza de 1 a 4 de Junho, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

Organizado pela Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e de Ginecologia (FSPOG), o Congresso da especialidade, tem por objetivo, criar um debate em torno das inovações na área, novas formas de abordagem, a apresentação de estudos e consensos entre os especialistas da área da saúde da mulher e debater como é que se consegue, solucionar o problema português ligado à natalidade.

Portugal é o segundo país da Europa com menor taxa de natalidade e continua a haver mais gente a morrer do que a nascer. O presidente da FSPOG, Daniel Pereira da Silva comenta “Esta é a dura realidade em que vivemos e existe a necessidade de se criarem mais e melhores condições para as famílias portuguesas para aumentar o seu agregado familiar. O governo tem responsabilidade para criar mais-valias económicas para que isto aconteça mas também a da responsabilidade da comunidade médica encontrar soluções para que os casais e as mulheres se sintam bem acompanhados.”

São cada vez mais as mães que têm filhos com 35 ou mais anos de idade sendo que se tratam de 35,5% dos casos em 2016. “Os dados divulgados recentemente mostram a necessidade de adaptação por parte das famílias portuguesas e da necessidade dos médicos se adaptarem a esta nova realidade de as mulheres serem mães cada vez mais tarde. Certamente que este contexto social trás novos desafios médicos relacionados com a fertilidade e outras questões relacionadas com comorbilidades e doenças que aumentam de prevalência com a idade. Os especialistas têm uma grande responsabilidade nos dias de hoje”, completa o presidente da Federação.

Este momento de reflexão dos especialistas sobre estes aspetos, envolve todas as sociedades científicas na área da saúde da mulher e discute temas sobre obstetrícia, ginecologia, reprodução e contraceção vão ser as principais áreas que contam com o debate de temáticas que cada vez mais afetam a saúde das mulheres como é o caso da oncofertilidade e a preservação da fertilidade, as patologias na mulher grávida, a gravidez gemelar, a obesidade e fertilidade, entre muitos outros assuntos.

Este é um dos encontros nacionais mais importantes que se realiza de 3 em 3 anos e reúne mais de 800 especialistas da área de ginecologia e obstetrícia e a representação de todas as sociedades científicas a nível nacional. A nível internacional conta com a presença de especialistas oriundos dos USA, UK, Espanha, Holanda, Israel, França, Alemanha e Bélgica.

Daniel Pereira da Silva sublinha que “Este tipo de iniciativas são fundamentais para a discussão das inovações na área e perceber melhor quais as principais alterações do contexto da saúde da mulher através da troca de experiências e da abordagem aos principais problemas e novidades com os quais os médicos se depararam nos últimos tempos. Na verdade, trata-se de delinear um caminho conjunto para o futuro.”

O 21º Congresso conta na sua sessão de abertura com a apresentação do livro “Medicina Materno Fetal, 5ª edição” e a atribuição do Prémio de Mérito Científico de Obstetrícia e Ginecologia 2017 a Carlos Ferreira de Oliveira, especialista que em muito contribui para um melhor conhecimento na área.

Durante este encontro, será apresentado o Consenso Nacional sobre os Miomas Uterinos, a patologia ginecológica mais comum do trato ginecológico feminino tendo em conta as evoluções na tecnologia e terapêutica médica. Os especialistas apresentarão também os dados mais recentes relativamente à evolução das taxas de cesariana em Portugal e as diferenças que se registaram nos últimos anos.

Sobre a Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG)

Em 2005, as Direções da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Ginecologia (SPOG), da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR) e a Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno Fetal (SPOMMM) criaram a Federação das associações da área da ginecologia e obstetrícia.

A criação da FSPOG resultou do reconhecimento da necessidade de manter um elo de unidade na promoção e defesa da saúde da mulher em vertentes médicas específicas, da necessidade de uma estrutura de coordenação superior das atividades e ações das sociedades afiliadas, da necessidade de fazer face aos novos desenvolvimentos e às atuais especificidades que competem às distintas sociedades e da vantagem de uma representação nacional integrada e concertada junto de organismos e entidades nacionais e internacionais.

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