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Fogos Florestais: UME em Portugal, porquê?
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Fogos Florestais: UME em Portugal, porquê?

Nos últimos dias tenho lido nas redes sociais alguns comentários sobre a participação da UME (Unidade Militar de Emergência/Espanha) no apoio ás operações da ANPC em sequência dos diversos incêndios que têm ocorrido em Portugal.

Por outro lado, alguns amigos, em especial bombeiros, também têm trocado comigo algumas impressões sobre o assunto.

Há 2 anos escrevi um artigo sobre o Regimento de Apoio Militar de Emergencia (RAME) e na altura teci algumas considerações e também deixei algumas questões.

Passado este tempo e com a participação desta Unidade Espanhola nos nossos teatros de operações a pedido das autoridades portuguesas e em detrimento de outras organizações espanholas, ex: corpos de bombeiros e outros, que se disponibilizaram para apoiar, faz-me mais uma vez reflectir, analisar e colocar algumas questões.

Será que esta participação não terá como objectivo justificar o “RAME – Regimento de Apoio Militar de Emergência”?

Quem comandará esta unidade, certamente o General, já que temos muitos, e uma reorganização da ANPC tutelada pelo Exercito?

E quantas machadadas serão desta vez dadas aos bombeiros?

Se consultar-mos o site do Exercito o RAME existe, as operações em que têm participado ou mesmo o que fazem ou tem feito tem sido do domínio publico a ANPC, Exercito e o Governo parece que querem manter uma postura de “low-profile” sobre a unidade.

Quantos elementos com experiência e know-how serão afastados, como já foram, para dar lugar a outros actores e protagonistas?

É lamentável ver que a guerras entre bombeiros, que são as mesmas há anos e sempre com os mesmos protagonistas, estão a dar oportunidades ao poder político e não só para conseguirem os seus objectivos.

Analisando friamente tudo, esta situação e o que aí vêm já era expectável, todas as falhas, descoordenações e as lamentáveis mortes são a “cereja em cima do bolo” para muitos.

Esperemos que o RAME aposte não na prevenção, pois se continuar-mos a dar condições ao “inimigo” para o termos de combater, vamos então precisar de muitos generais e todos os seus subordinados, se assim for, será mais do mesmo…

Armando Pereira

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