“Fintar a morte, Celebrar a vida”, é o título do livro que foi apresentado na FNAC de Santa Catarina, no Porto, numa iniciativa promovida pela Associação SOS Hepatites, um trabalho da jornalista Ana Paula Almeida, cujo lucro de vendas reverterá a favor da Associação.
Este livro revela importantes testemunhos na primeira pessoa de doentes que viveram a aventura de ver a sua vida devolvida e a esperança de futuro renascer.
São um punhado de pessoas diferentes em tudo, desde a faixa etária à classe social e cultural em que se encontram, e que em comum têm o facto de durante anos terem lutado contra a doença, contra o estigma de serem portadores do vírus da Hepatite C e contra a falta de tratamentos eficazes, até ao momento em que, há precisamente um ano, novos fármacos vieram em boa hora revolucionar o panorama e alterar drasticamente a realidade para melhor.
Com a “democratização” dos medicamentos necessários à cura, já não apenas reservados a casos especiais e a doentes terminais mas acessíveis a todos os doentes, dizem os números oficiais que até ao primeiro trimestre de 2016 estão já em tratamento 9.100 pessoas das quais 2.050 declaradas curadas. E a promessa do Governo é que esta política recente seja para continuar. Nasceu, assim, um novo paradigma de tratamento para as hepatites virais e Portugal está na linha da frente e é um exemplo referenciado em todo o mundo.
À jornalista Ana Paula Almeida coube a tarefa de ouvir, registar, editar e compilar as entrevistas que denunciam histórias com rostos que o fotógrafo Alexandre Bordalo magistralmente captou com a câmara, sem retoques nem coloridos que não combinariam com o preto e branco dos percursos desta gente que dá a cara com coragem e com um único objetivo: alertar outros para que façam o rastreio.
