Reabriu esta quinta feira (28) em Lisboa, completamente renovado, o velhinho “Cinema Ideal”, que em 1904 abriu portas como Salão Ideal e que depois foi Cine Camões, Cine Paraíso, retomando agora o nome original, para satisfação dos amantes das salas de cinema, que nos últimos anos, tem assistido a mais encerros que inaugurações.
Na estreia com uma multidão que não quis deixar de se associar à reabertura da sala mais antiga da capital, o Cinema Ideal exibiu o filme “E agora? Lembra-me” de Joaquim Pinto.
Segundo os promotores, a Casa da imprensa que é a proprietária e a distribuidora Midas Filmes, o cinema Ideal aposta na produção independente, tendo já programado “Os Maias”, na versão de três horas, com adaptação de João Botelho e “O Velho do Restelo”, a mais recente curta-metragem de Manoel de Oliveira, que vai ter estreia mundial no Festival de Veneza.
Segundo a Midas Filmes, as sessões diárias vão ser repartidas com a cópia digital restaurada de “A desaparecida”, uma das obras-primas de John Ford, um clássico do cinema americano, com John Wayne, Jeffrey Hunter e Natalie Wood, eleito o sétimo melhor filme de todos os tempos pela revista Sight and Sound, publicação do British Film Institute, sendo destacado nas listas de vários realizadores, nomeadamente Martin Scorsese, os irmãos Dardenne ou Terence Davies.