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SERÁ SEMPRE ASSIM?

Daniela Simplicio

Daniela Simplicio

The Hunger Games, na nossa língua Os Jogos da Fome, é mais uma trilogia em que, imagens como as de uma competição num reality show e cenas de guerra, serviram de inspiração para a escritora norte-americana, Suzanne Collins.

É mais uma mensagem, com mais um romance (comum), mas que sempre nos agrada e que dá história, à história. Engrandece a mensagem, mensagem esta que, transmite não mais do que a realidade do ontem, e do amanhã. A história repete-se, já diziam… A consciência do perigo, a ausência de coragem, e uma preocupação constantes, apoderam-se de todos os personagens, sejam os jovens que se ausentam para a sangrenta competição, seja a miserável população que é deixada entregue a si mesma, como sempre.

São doze, os distritos em redor da grande potência, cujos jogos são um meio para atingir o poder. O medo é transmitido à população, anualmente relembrada de que a poderosa cidade, Capital, já eliminara o décimo terceiro distrito. Consequência de uma pobreza extrema, a fome é fortemente retratada, em que Katniss Everdeen, personagem principal, vestida pela bonita Jennifer Lawrence, chega mesmo a caçar ilegalmente para o sustento de sua família.

Num momento, Katniss desafia os autoritários líderes, o que a deixa em maus lençóis, e que só demonstra a opressão exercida pelo poder. A população é pobre, logo não é livre. O medo impede-a de qualquer tipo de ato reacionário, e sempre que a agitação de uma revolução é sentida, a violência é a solução utilizada para apaziguá-la. Porque os senhores das armas, são os senhores do mundo.

O desejo de possuir, está em nós inato. O copo está para nós, quase sempre, meio vazio, o que nos faz querer sempre mais. A ambição por enchê-lo faz-nos cometer as maiores atrocidades. Somos humanos.

O medo apodera-se de tal forma de nós que, por vezes, nem o amor vence… A exemplo disso, temos a mãe de Katniss, que apesar da dor, aliás, que apesar de mãe, nada consegue fazer que a impeça de partir, após esta ter sido uma das selecionadas para os jogos. Teremos nós, livre-arbítrio?

Para uns, um reality show, para outros, um campo de guerra. Para uns, um entretenimento, para outros, um meio de subsistência. Este filme retrata-nos como egoístas, em que poucos têm muito, e em que muitos não sustentam as suas mais miseráveis necessidades.

Diálogos fáceis encontram-se nestes filmes, em que às personagens chega-lhes as sofridas expressões, até porque pouco têm a dizer. Aguardarei sentada, o terceiro e último filme.

Por: Daniela Simplício

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