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SIMPLESMENTE FRANCISCO

Lucieny Martins

Lucieny Martins

A semana passada foi marcada pela visita do Papa Francisco ao Brasil, que veio participar da Jornada Mundial da Juventude.

Jovens de várias nacionalidades participaram da jornada de fé. Foram 3 milhões de pessoas, durante 7 dias, acompanhando encontros, confissões e tomaram as areias de Copacabana para assistir a apresentação da Via Sacra, encenada com temas atuais, seguida por uma missa celebrada pelo Papa.

Há muito não víamos uma figura desprendida e decidida a dar exemplos, de humildade, dignidade, desapego ao dinheiro, amor e respeito ao próximo.

Carismático, deu atenção a todos na medida do possível. Dispensou as regalias que o cargo lhe oferece e deu trabalho aos seguranças, que teimavam em pedir que fechasse os vidros do carro pelos muitos caminhos que percorreram e tentavam afastá-lo do contato direto com os fiéis. Por várias vezes pediu que parassem o carro para descer e ir até alguém com alguma dificuldade física, idosos e deficientes, que ele tivesse avistado durante sua passagem, beijava e abençoava as crianças, o maior número possível.

A igreja precisava de um representante como este. Os papas anteriores se mantinham em um tipo de pedestal, ao qual os fieis só viam de longe, intocáveis. Agora não mais.

É aberto ao diálogo e preocupado com a humanidade, os pobres e necessitados, em todos os aspectos. Quer estimular a cultura do encontro, no mundo todo. “De modo que cada um sinta a necessidade de dar à humanidade os valores éticos de que a humanidade necessita. E defender esta realidade humana.” Quer que todos trabalhemos pelos outros, independente de religião. Não pode-se dormir tranquilo enquanto uma criança, um irmão, morre de fome, sem educação, por falta de atendimento médico. “Se essa educação virá dos católicos, dos protestantes, dos ortodoxos ou dos judeus, não importa. O que me importa é que a eduquem e saciem a sua fome. Temos que chegar a um acordo quanto a isso.”

Falou sobre a necessidade de reforma na igreja, não só por causa dos escândalos sexuais e até financeiros, mas por ser mesmo necessária, para reorganizar, pois vivemos tempos diferentes, e os pontos de vista são outros, não vivemos no século passado para manter as posições daquela época. E a igreja precisa estar mais próxima dos seus fiéis, como uma mãe. “A mãe faz assim com o filho: cuida, beija, acaricia e o alimenta.” É assim que deve ser a igreja, exemplar, protetora , acolhedora e amiga.

Simplesmente carismático, suave, humilde, acessível e disponível à mudanças, esta é a imagem de Francisco, que veio resgatar valores éticos, mais humanidade, uma igreja mais próxima e atuante.

Passou e deixou saudades.

Por: Lucieny Gonçalves Martins no Brasil
“escreve em português do Brasil”

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