Tiago R. Santos o argumentista de ‘Os Gatos Não Têm Vertigens’ esteve em Coimbra para coordenar a conclusão dos argumentos desenvolvidos no primeiro módulo de Argumento do Curso Cinemalogia, sob o tema “UC 725 Anos: Tempo de Encontro(s).
Com base nos argumentos criados pelos alunos, durante o módulo de Argumento 1, a segunda fase centrou-se no processo de reescrita, através da leitura dos textos, feedback do formador, restantes formandos e do acompanhamento do trabalho no local.
Argumento 2 é um módulo prático que pretende finalizar e materializar todos os conhecimentos teóricos adquiridos pelos alunos. Durante os dois dias (20 e 21), no trabalho prático, os alunos reescreveram e reestruturaram um argumento, pronto para filmar durante o módulo de realização.
O argumento desenvolvido no conjunto dos módulos de argumento foi centrado no tema “UC 725 Anos: Tempo de encontro(s)” alusivo à XVII Semana Cultural da Universidade de Coimbra.
É muito intrigante que Tiago R. Santos seja convidado para falar de argumento onde quer que seja. A sua carreira de argumentista, que não se restringe aos filmes de António Pedro Vasconcelos, é frágil e de gosto discutível – sobretudo quando temos em conta os padrões estéticos que melhor se adequam ao cinema em oposição à televisão. Se não fosse o nome de António Pedro Vasconcelos, estes filmes não existiam (e convém ter em atenção que, apesar do sucesso de bilheteira de alguns, nenhum deles saiu das fronteiras de Portugal). Tiago R. Santos, autor também de um romance literário do pior que se publicou em Portugal nos anos mais recentes, devia candidatar-se a argumentista da TVI ou da SP, de onde provavelmente seria despedido pouco tempo depois. Ninguém com dois dedos de testa se devia investir tempo a ouvi-lo falar sobre escrita de argumento.