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A alimentação deve ser generosa em fruta, verduras e sopas

“Beber oito a dez copos de líquidos por dia pode ser uma boa referência para a manutenção de uma hidratação adequada em condições normais”

A água é um nutriente essencial que desempenha um papel importante no nosso organismo, como o transporte de nutrientes, eliminação de resíduos ou a regulação da temperatura, e tem qualidades estruturais e lubrificantes. As necessidades diárias de água e líquidos estabelecidas pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) são geralmente de 2 a 2,5 litros por dia para mulheres e homens adultos, respetivamente.

No entanto, o Prof. Dr. Lluís Serra-Majem, presidente da Fundação para a Investigação Nutricional e Professor de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria observa que “embora haja uma crescente consciencialização, a maioria da população europeia não atende a essas recomendações. Beber entre oito a dez copos de líquidos por dia pode ser uma boa referência para a manutenção de uma hidratação adequada em condições normais. “

Além disso, explica, “não devemos confiar apenas na sensação de sede. É preciso aumentar a necessidade de líquidos no tempo mais quente ou se realizar exercício físico intenso, e deve monitorizar-se o estado de hidratação das pessoas mais vulneráveis que sofrem de hipo-hidratação, como crianças, grávidas e pessoas de mais idade”.

Durante o verão, especialmente em vagas de calor, como nos dias de hoje, o Prof. Dr. Javier Aranceta, Presidente do Comité Científico da Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária e Professor Associado de Nutrição Comunitária na Universidade de Navarra, alerta “A alimentação no verão deve ser generosa em frutas, legumes, sopas e alimentos com alto teor de água. Contudo, é recomendável que 75% a 80% dos líquidos que ingerimos diariamente venham das bebidas”. A este respeito, aquele especialista afirma que “todas as bebidas não-alcoólicas contendo mais do que 80% de água e menos do que 50 mEq/l de sal são uma fonte de hidratação, o que é particularmente relevante em condições ambientais quentes”.

Ambos os especialistas apontam que uma desidratação correspondente a 2% de perda de massa corporal ou mais tem um impacto sobre o desempenho físico e pode afetar as capacidades cognitivas, tais como a coordenação visual-motora, atenção ou memória de curto prazo. Além disso, a desidratação pode alterar a atividade cerebral e a função de certos sistemas de neurotransmissores envolvidos na cognição e prejudicar o desempenho em exercícios aeróbicos, especialmente em climas mais quentes.

De acordo com o Prof. Serra-Majem atualmente há muita investigação tanto no campo da hidratação e da saúde. Assim, nesse senido assinala que “o aumento do consumo diário de água e líquidos em pessoas que sofrem dores de cabeça, especialmente entre aqueles que ingerem menos do que as quantidades recomendadas, pode reduzir a intensidade e o número de episódios.”.

Os especialistas também lembram a importância de ler a informação nutricional dos alimentos e bebidas disponíveis para os consumidores em relação às calorias que eles fornecem, e optar por alternativas sem ou com baixas calorias, dependendo da atividade física que cada pessoa pratica e do seu estilo de vida.

Serra-Majem Ll, Gil A. Conclusions of the I International and III National Hydration Congress Madrid, Spain 3rd and 4th December, 2013. Rev Esp Nutr Comunitaria, 2014;20 (Supl.1):2-12

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