O Comissão permanente do Congresso Nacional do Povo Chinês (CNP), ratificou hoje a Convenção sobre o Trabalho Forçado da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 1930, e a Convenção sobre a Abolição do Trabalho Forçado (1957), anunciou o CNP no final de uma sessão de três dias.
Estas convenções internacionais que proíbem os trabalhos forçados, são uma condição imposta pela União Europeia (UE) para confirmar o acordo bilateral sobre investimentos assinado no final de 2020.
A ratificação aconteceu depois de, em fevereiro, uma comissão de peritos da OIT ter manifestado “profunda preocupação” acerca do tratamento das minorias étnicas e religiosas na China, particularmente em Xinjiang (noroeste), uma região predominantemente muçulmana.
Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, pelo menos um milhão de uigures e membros de outras etnias muçulmanas estão ou foram detidos em campos na região de Xinjiang.
As autoridades chinesas defendem serem centros de formação, mas a OIT sustenta que são de “reeducação política”.
Lusa / CS