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A GALP abandona o projeto de gás em Cabo Delgado

A GALP abandona o projeto de gás em Cabo Delgado

A Galp abandona os projetos de exploração de gás em Cabo Delgado, Moçambique. A decisão de venda da participação que a companhia detém naquele projeto, já foi comunicada aos accionistas.

O clima de instabilidade, violência terrorista e corrupção em Moçambique, foram os motivos invocados pela Galp, para esta decisão.

Segundo o comunicado da companhia, “a gota de água na tomada de decisão foi a transferência ilegal para compra de armas no valor de 2 mil milhões de dólares por parte da Credit Suisse e o VTB Bank para o Governo de Moçambique, que classifica de “intrinsecamente propenso a transacções corruptas”, e a falta de proteção do mesmo ao complexo industrial”.

O investimento da Galp permitiu a criação de 220 trabalhos temporários, 52 postos de trabalho na limpeza das instalações e 23 em pessoal de cozinha, que permitiram retirar várias famílias de situação de pobreza, construir casas adequadas, ter acesso a empregos decentes e desenvolver Moçambique.

“A Galp, como investidor responsável, assegura sempre que as suas actividades financeiras transparentes servem de exemplo para uma África livre de corrupção e não tolera os desaparecimentos, detenções e torturas de jornalistas que relatam sobre a indústria do gás em Cabo Delgado”, assegurou Andy Brown, CEO da Comissão Executiva da Galp. Mais informa que “aguardamos resposta das autoridades locais, respeitando a soberania do Estado Moçambicano, sobre estes relatos e o número de desalojados no Afungi LNG Park em Cabo Delgado que, soubemos recentemente, ascendeu às 550 famílias, em vez de apenas três pessoas que nos tinham sido reportadas inicialmente”.

A Galp agradece ainda “ao povo de Portugal por colocar o seu país em primeiro lugar, e por permitir que os militares portugueses lutem ao lado de soldados moçambicanos e forças de segurança sul-africanas, confiando neles plenamente para proteger a saída segura de todos os portugueses e a ajuda às comunidades mais afetadas”.

Dado o contexto global de crise climática, a Galp aproveita esta ocasião para reforçar o seu compromisso com o Acordo de Paris e comprometer-se com uma produção 100% renovável nos próximos 3 anos, assegurando que da próxima vez que Moçambique enfrentar um ciclone fatal ou outro desastre relacionado com as alterações climáticas, atenuará os impactos passados com não menos de €4.500 de ajuda.

A transição energética justa assim assegurada e completada, contará com a requalificação de todos os colaboradores actualmente em unidades de produção de combustíveis líquidos e gás natural e ainda com a contratação de milhares de novos colaboradores para assegurar a concretização do objetivo hoje fixado.

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