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A TENSÃO POLÍTICA EM MOÇAMBIQUE VAI CRESCENDO

COMO DE COSTUME A RENAMO E O GOVERNO NÃO SE ENTENDEM…

Leopardo do Gilé

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), acusou a Polícia de ter “assassinado” um ex-major da sua antiga guerrilha. O partido de Afonso Dhlakama diz que tal “assassinato” (ainda a ser confirmado) aconteceu no passado dia 27 de Agosto, no centro do país, mas as autoridades policiais dizem desconhecer o caso.

A Renamo e o Governo moçambicano fazem uma perfeita “guerra verbal”, com acusações mútuas sobre a autoria dos confrontos que têm acontecido entre ex-guerrilheiros do movimento e as forças de defesa e segurança, no centro do país, no contexto da actual tensão devido a divergências em torno da lei eleitoral.

Numa conferência de imprensa esta quinta-feira, 5 de Setembro, em Maputo, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, acusou a Polícia de ter “executado” um major da antiga guerrilha do movimento, de seu nome Oliveira Magazinhica, como parte de uma campanha de eliminação física de membros do partido. Fernando Mazanga leu um comunicado à imprensa onde se destaca, “O major Oliveira Magazinhica foi executado às 17:30 do dia 27 de Agosto, depois de ter sido mantido em cativeiro de 25 a 27 de Agosto, altura da sua execução. O major fazia trabalhos no quartel-general da Renamo, em Santungira, Gorongosa ( Beira centro do país), e ter-se-ia deslocado a Nhamatanda para visitar a família”

O porta-voz da Renamo acrescentou ainda que, a vítima terá sido enterrada no mato e o seu cadáver descoberto por populares, tendo o partido tomado conhecimento do envolvimento da Polícia no alegado “assassinato” através de uma suposta testemunha. A alegada morte do major, acusou o porta-voz do principal partido da oposição, faz parte de uma estratégia da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, de “desmobilizar e intimidar os ex-guerrilheiros da Renamo, porque apoiam o presidente Afonso Dhlakama, na sua tenaz luta pela verdadeira democracia multipartidária”.

O porta-voz da Polícia na província de Sofala, cujo comando tem jurisdição sobre a área onde terá ocorrido o alegado homicídio, Feliciano Dick, disse que desconhece a ocorrência, recusando-se a alongar-se sobre o assunto.

Como se repara, a cerca de dois meses das eleições legislativas a tenção politica e militar sobe em Moçambique.

Por: Leopardo do Gile Algures em Moçambique
“escreve sem o acordo ortográfico”

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