As ações dos correios nacionais, CTT, começaram hoje o dia com quedas na bolsa portuguesa. Abriram a cair perto de 2%, mas a queda estendeu-se até aos 11% passado algumas horas da abertura. Por detrás deste sell-off estão os resultados apresentados pela empresa em relação ao 1º semestre de 2024.
Os resultados operacionais neste primeiro semestre comparando com o mesmo período do ano passado mostraram um aumento de 9.1%, no entanto, os gastos operacionais cresceram em 13.3%, o que levou a empresa a reduzir as suas margens, sendo que o EBITDA caiu 11.6% face ao mesmo período do ano passado. No caso do EBIT o resultado foi ainda mais negativo com uma variação de 17.4%. A empresa finalizou o resultado líquido com 19.8M, uma queda de 23.9% face ao mesmo período do ano anterior. Todas estas métricas contribuíram para que o Free cash flow caísse em 77.9%.
Analisando as contas com maior detalhe, a empresa aumentou os seus custos com a entrega de correio e outros em 10.5M de euros. As subscrições de dívida pública caíram mais de 90% face aos picos de 2023. Em relação ao banco, continua a apresentar bons resultados, com aumentos no valor do crédito em aproximadamente 10% e os depósitos dos clientes aumentaram 45%.
Em relação à distribuição dos rendimentos operacionais, expresso e encomendas aumentaram 48.9% em termos homólogos, já os serviços financeiros caíram 75.8%.
Em termos de solvabilidade e liquidez, os CTT continuam a apresentar números sólidos, com caixa e equivalentes para fazer face às necessidades de liquidez de curto prazo. Em relação à dívida, o montante total de dívida líquida passou de -39M para -25.3M, aumentando a dívida total face aos ativos líquidos de curto-prazo, sendo uma variação positiva de 13.7M. No entanto, o capital próprio subiu em 18.7M e o rácio de dívida/Capital próprio continua em níveis saudáveis, por isso a empresa não apresenta riscos de solvabilidade no curto-prazo.
Análise: XTB