O papel da qualidade da alimentação e da atividade física na prevenção de problemas de saúde, como o excesso de peso e a obesidade, e das doenças crónicas
A revisão das atuais guias e inquéritos alimentares que permitam desenvolver recomendações nutricionais e dietéticas, assim como de atividade física, mais de acordo com a população e estilos de vida atuais, é um dos principais objetivos dos mais de 35 especialistas em nutrição, dietética, atividade física, medicina, farmácia, desporto e saúde em geral que participaram na elaboração do “Documento de Consenso sobre a metodologia dos inquéritos alimentares, a tipificação da atividade física e os estilos de vida saudáveis”, que acaba de ser apresentado no Congresso da Federação Espanhola de Sociedades de Nutrição, Alimentação e Dietética (FESNAD).
Os especialistas acordaram em destacar o papel da qualidade da alimentação e da atividade física na prevenção de problemas de saúde como o excesso de peso e a obesidade, dentro dos novos modelos de inquéritos alimentares e de atividade física.
Aliado a isso, salientam a necessidade de unificar critérios metodológicos e de valorização nutricional que facilitem a execução de estudos comparativos que complementem o conhecimento atual, assim como a incorporação de tecnologias para o tratamento de avaliações mais precisas e ajustadas à realidade.
Os métodos de avaliação do consumo de alimentos são utilizados para avaliar a saúde nutricional da população e servir de base para o desenvolvimento de guias, recomendações nutricionais e planos de Saúde Pública. Em particular, a estimativa do consumo de alimentos e ingestão de nutrientes é um tema de interesse crescente. “A avaliação do consumo alimentar a nível da população dá-nos informações básicas para conhecer possíveis desequilíbrios nutricionais e para poder orientar a conceção de políticas destinadas a melhorar os hábitos alimentares e saúde de uma comunidade”, explica o Prof. Dr. Javier Aranceta-Bartrina Presidente da Comissão Científica da Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária e Professor Associado da Universidade de Navarra.
Para o Prof. Dr. Lluìs Serra-Majem, Professor de Medicina Preventiva e Saúde Pública da Universidade de Las Palmas, Presidente da Fundação para a Investigação Nutricional (FIN), membro de CIBER Fisiopatologia da Obesidade e Nutrição do Instituto Carlos III, e participante no encontro, “o estilo de vida mediterrâneo, considerado em todos os seus aspetos – alimentação, atividade física, socialização – como um ótimo modelo comportamental para o estilo de vida, considera-se o melhor sistema na prevenção e provavelmente também no tratamento do excesso de peso e obesidade juntamente com a promoção da atividade física”.
As conclusões desta análise científica foram publicadas na Nutrición Hospitalaria, a revista científica de nutrição mais conceituada em Espanha e referenciada a nível internacional
