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Plastic in the oceans

Ambiente versus “vil metal”

Pessoalmente, não concordo no que se tornou uma jovem como a Greta. Ao que se vai sabendo muito manipulada por um determinado conjunto de interesses.

Também não me agrada a apropriação da defesa do ambiente pela esquerda. Roga-se defensora do ambiente, mas sabemos que os regimes ditos “comunistas” não se interessam minimamente pelo assunto. Por exemplo no caso da China (regime comunista), aparentemente muito preocupada na cimeira de Madrid, porém, é impossível controlar, quer as medidas preventivas, quer os verdadeiros valores da sua poluição.

Mas uma coisa é certa. O dinheiro está por detrás dos altos níveis de degradação do ambiente!

O plástico, um dos produtos mais poluidores do Planeta é utilizado pelas maiores empresas nas suas embalagens. Torna-se muito mais rentável que o reaproveitamento do vasilhame de vidro.

Então é mesmo usar e deitar fora. Mas será mesmo “deitar fora”? – Não é! Que o provem os rios africanos, orientais e os oceanos.

Vi hoje (11/12/2019), na RTP3, uma reportagem sobre a hipocrisia de uma marca de refrigerantes, conhecida pelo design da sua garrafa, também, ao que parece, responsável pelo vermelho do fato do pai natal e muito associada aos EUA.

É revoltante ouvir que esta empresa, por razões meramente economicistas, tudo faz para evitar o reaproveitamento do vasilhame. Na reportagem, provou-se que em 2016 fazia lobby, junto das instâncias europeias e dos responsáveis dos cinquenta estados americanos (ação legal), para que houvesse um “Não” ao reaproveitamento do vasilhame através de um depósito no ato da compra.

Vão ao ponto de festejar, quando conseguem que um estado americano não aprove legislação que obrigue ao reaproveitamento.

Simultaneamente, os seus altos dirigentes, mentem copiosamente ao afirmar que um dos seus objetivos estratégicos, nesta matéria, era ter 25% de vasilhame reutilizável em 2016; porém, reconhecem que em 2018 atingiram apenas 7%.

Mas mais grave, foi ver que num país como a Tanzânia, dos poucos no mundo onde a garrafa de vidro ainda era reutilizada, as linhas de produção foram, em 2017, reconvertidas para o vasilhame em plástico.

A degradação do ambiente não é só um problema do capitalismo e da globalização.

Agora que o vil metal é fortemente responsável, é!

Júlio Santos
Dez19

Imagem: Créditos: europarl.europa.eu /©AP Images/European Union-EP  

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