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Ambulâncias do INEM inoperacionais em Lisboa e Algarve
Ambulâncias do INEM inoperacionais em Lisboa e Algarve

Ambulâncias do INEM inoperacionais em Lisboa e Algarve

Há registo de ambulâncias do INEM paradas nas Regiões de Lisboa e Algarve

Para além da habitual falta de médico no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, a central de emergência que recebe os pedidos de socorro, presta aconselhamento médico de emergência e despacha os meios de socorro, verifica-se nesta altura, a existência de ambulâncias paradas nas Regiões de Lisboa e Algarve.

Segundo o Movimento Cívico – Conselho Português de Proteção Civil e Socorro (CPPCS), a redução do horário de trabalho de 40 para 35horas semanais, os recursos humanos insuficientes para assegurar todos os turnos e, por outro lado alegadamente alguns técnicos do INEM, esgotados aparentemente devido à sobrecarga de trabalho e em alguns casos em situação de burnout, resultante da acumulação de turnos, estão de baixa médica, situação já frequente nesta época do ano, mas que aparentemente atingiu níveis sem precedentes.

Na nota distribuída às redações, o CPPCS refere que há dois anos, que vem alertando para a escassez de recursos humanos no INEM, situação que aparentemente, tem contribuído para a morosidade no socorro, contribuindo deste modo para que Portugal tenha uma das mais altas taxas de insucesso, na reversão de casos críticos de emergência médica, nomeadamente em casos de paragem cardiorrespiratória.

Em 2015 o INEM conseguiu convencer o Governo da necessidade de contratação de mais técnicos para o INEM, mas somente se realizaram dois dos quatro concursos de admissão previstos, faltando ao INEM contratar mais cerca de 140 Técnicos para assegurar os seus meios operacionais.

À falta desses técnicos que já deviam ter sido admitidos, o INEM não tem qualquer possibilidade de assegurar esses meios sem recurso aos turnos extraordinários que levam o pessoal à rotura.

Importa ainda salientar que a taxa de inoperacionalidade das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação caiu para quase 0%, graças às políticas adotadas pelo INEM ainda com o Dr. Paulo Amado de Campos na presidência e, que desde a sua saída o processo de reestruturação estagnou, ou em alguns casos regrediu mesmo em áreas como a da formação, ou dos recursos humanos,
factos que, o CPPCS atribuí a eventuais acordos entre sindicalistas e o atual presidente interino, para não perturbar a sua nomeação, que está prestes a ser anunciada pelo Ministro da Saúde.

A situação é preocupante, o Conselho Português de Proteção Civil, não tem dúvidas de que podem estar a morrer vítimas, devido à morosidade no socorro prestado pelo INEM.

Como exemplo, o CPPCS adianta que no passado sábado (16), foram ativadas ambulâncias de corporações de bombeiros mais distantes do local da ocorrência, do que algumas bases INEM, precisamente devido ao facto dos meios INEM em causa, estarem inoperacionais.

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