A exploração das reservas petrolíferas de Mopane, na Namíbia, são de destaque para a Galp. Trata-se de grandes reservas petrolíferas, com capacidade para extrair 10 mil milhões de barris, estimando-se que tenham um valor de cerca de 20 mil milhões de dólares.
A GALP detém 80% da parcela de exploração, pelo que, as questões em relação à venda de uma parte continuam em cima da mesa. Já tinham sido mencionados vários potenciais interessados da gíria das grandes petrolíferas como a Shell e Exxon Mobil.
Entretanto, surgiu a notícia [da Bloomberg] que a francesa Total Energies e a norueguesa Equinor ASA juntaram-se à americana Exxon Mobil e à holandesa Shell na corrida por uma parcela da exploração. A Galp já comunicou que tem interesse em partilhar a exploração (venda) de metade da sua parcela, ou seja 40%.
O facto da Galp vender metade da parcela permite arrecadar capital muito significativo no presente, o que lhe vai permitir consolidar melhor as suas obrigações de dívida e ainda ficar com capital para continuar os seus investimentos de exploração de petróleo e gás. Trata-se de uma posição estratégica, em que a empresa opta por receber cash flow no presente, provavelmente mais baixo, mas, em contrapartida, vai recebe-lo mais rápido.
Isto permite impulsionar as suas explorações/investimentos enquanto pode reduzir as suas dívidas e apresentar um quadro mais sólido das suas contas junto dos investidores. Esta decisão, para além de proporcionar tudo isso, como não existe a venda total da sua parcela, ainda assegura um cash flow futuro quando a exploração de Mopane estiver em funcionamento, o que lhe permite continuar a pensar na sua sustentabilidade a longo prazo assegurando fontes de rendimento futuro.
Fonte: XTB
