A Assembleia Municipal de Palmela aprovou por unanimidade no passado 29 de abril, a constituição da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Península de Setúbal, o Acordo Constitutivo e os Estatutos desta entidade.
Esta é uma iniciativa impulsionada pela vontade de diversos agentes políticos, sociais e económicos que, ao longo de muitos anos, se empenharam na concretização do processo de constituição das NUTS III e II Península de Setúbal, tendo em vista combater as assimetrias registadas nos investimentos entre os territórios a norte e a sul da Área Metropolitana de Lisboa.
Os Municípios de Palmela, Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Seixal, Sesimbra e Setúbal avançaram para a constituição formal da CIM, na sequência da criação de um grupo de trabalho que foi responsável pela elaboração, em projeto, dos documentos fundamentais à formação desta estrutura, objeto de análise por cada uma das Autarquias.
A CIM terá como missão defender interesses comuns a estes nove concelhos, mediante as competências legalmente detidas em matéria de planeamento e gestão da estratégia de desenvolvimento económico, social e ambiental do território abrangido e na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional, em especial, no âmbito do respetivo quadro comunitário. A CIM terá ainda um papel fundamental na promoção e elaboração de planos de gestão e modelos de organização e promoção de iniciativas junto da Administração Central.
Os Municípios acreditam que a constituição desta entidade possibilitará a toda a região mais benefícios relativamente a fundos europeus para projetos de desenvolvimento económico, social e ambiental, através de um quadro comunitário consonante com a realidade da Península de Setúbal, assimétrica em relação à margem norte do Tejo. A expetativa é que este contexto gere maior investimento, desenvolvimento e riqueza para a região, valorizando o seu território e contribuindo para o aumento da qualidade de vida das populações.