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Caravana pela Justiça Climática na estrada de 2 a 16 Abril

Caravana pela Justiça Climática na estrada de 2 a 16 Abril

O relatório do IPCC que saiu na segunda feira, soa o maior alerta algumas vez dado pela comunidade científica à Humanidade: temos de agir agora para travar o descontrolo total das alterações climáticas.

Quase tudo está em risco: a biodiversidade, a água, os ecossistemas, as cidades, as zonas litorais, a floresta e a agricultura, a economia e a Humanidade. Precisamos acelerar como nunca e construir um movimento maior do que alguma vez houve para conseguir esta mudança. As organizações da Caravana pela Justiça Climática apelam à participação e construção da caravana popular pela Justiça Climática de 2 a 16 de Abril.

Segundo o relatório do IPCC, os impactos são maiores e mais rápidos do que era previsto nos relatórios anteriores, com deterioração do funcionamento e da estrutura da natureza, reduzindo a sua resiliência e capacidade adaptativa, atenuando as estações do ano em vários locais do mundo.

Já desapareceram várias espécies locais, em particular devido a ondas de calor e os ciclos hidrológicos estão a aproximar-se de mudanças irreversíveis com a destruição dos glaciares e o degelo do permafrost no Ártico.

O aumento de extremos de temperatura já reduziu a segurança alimentar e a disponibilidade de água, o aquecimento do oceanos e a acidificação reduziram a produtividade oceânica, com a redução da produção em aquacultura e as pescas em algumas regiões. Milhões de pessoas já estão expostas com grande regularidade à falta de alimento e à falta de água, com metade da população mundial a sofrer por escassez de água pelo menos uma parte do ano.

Com tudo isto, a saúde da população humana mundial é afectada em todo o mundo, com o agravamento das más condições ambientais, económicas e sociais, doenças mentais, doenças relacionadas com má qualidade de água, de alimentos, com aumento de vectores como mosquitos e aumento de doenças nos animais que são transmitidas às pessoas.

As cidades estão mais perigosas, em particular devido às ondas de calor e ao agravamento de formas de poluição extrema, que põem em causa comunidades e infraestruturas. Os impactos económicos da alterações climática já se fazem sentir pela redução da produtividade laboral e impactos na agricultura, floresta, pescas, energia e turismo. 40% da população mundial já encontra numa situação “muito vulnerável” por exposição a calor extremo, inundações, secas, incêndios e outros eventos extremos

Acima dos 1,5ºC, que o relatório estima que sejam atingidos brevemente (os atuais compromissos governamentais prevêm um aumento de 14% das emissões globais até 2030), aumentarão os riscos de falhas simultâneas de colheitas agrícolas, em particular de milho, e de contaminação de colheitas e da pesca, cenário que se agrava para temperaturas maiores. Isso significa fome em grande escala. Todos os restantes riscos se agravam e acumulam, interagindo para aumentar os riscos de eventos extremos como cheias, secas, incêndios florestais e tempestades violentas, ao mesmo tempo que o preço dos alimentos sobe, a produtividade laboral cai e os rendimentos familiares também, com aumento das doenças, da malnutrição e da mortalidade relacionada com o clima.

Estes são os cenários que o business as usual nos propõe. São o futuro se nada de extraordinário acontecer. Rejeitamos a ideia de um futuro catastrófico, e por isso agimos e pomo-nos à estrada! Saímos da Figueira da Foz dia 2 de Abril, rumando a Montemor-o-Velho e ao rio Mondego, seguimos para Coimbra, Miranda do Corvo, Ferraria de São João, Pedrógão Grande, Sertã, Proença-a-Nova, Foz do Cobrão e Vila Velha de Ródão, chegando ao rio Tejo, que acompanharemos a partir daí, passando por Mouriscas, Pego, Abrantes, Constância, Barquinha, Santarém, Cartaxo, Alhandra e chegando a Lisboa, ao Parque das Nações, no sábado, 16 de Abril, para uma grande manifestação pela Justiça Climática.

O futuro não está fechado e está nas nossas mãos impedir que os piores cenários se tornem realidade. Como o próprio relatório do IPCC diz, qualquer adiamento da ação global de mitigação das emissões de gases com efeito de estufa significará perder a breve janela de oportunidade que está a fechar-se, a janela que permite garantir um futuro habitável e sustentável para todos. Apelamos a toda a gente que se mobilize, ajude a construir e participe na Grande Caravana pela Justiça Climática.

Mais informação: caravanaclima.pt e mail@caravanaclima.pt

PERCURSO DA CARAVANA PELA JUSTIÇA CLIMÁTICA

Dia 2 de abril

Leirosa – Figueira da Foz

Dia 3 de abril

Figueira da Foz – Montemor-o-Velho

Dia 4 de abril

Montemor-o-Velho – Coimbra

Dia 5 de abril

Coimbra – Almalaguês – Miranda do Corvo

Dia 6 de abril

Miranda do Corvo – Ferraria de São João

Dia 7 de abril

 Ferraria de São João – Nodeirinho – Figueira – Gravito

Dia 8 de abril

Gravito – Pedrógão Grande – Barragem do Cabril

Dia 9 de abril

Barragem do Cabril – Sertã

Dia 10 de abril

Sertã – Proença-a-Nova

Dia 11 de abril

Proença-a-Nova – Foz do Cobrão

Dia 12 de abril

Foz do Cobrão – Vila Velha do Ródão – Mouriscas

Dia 13 de abril

MouriscasRossio ao Sul do Tejo

Dia 14 de abril

Rossio ao Sul do Tejo – Constância – Vila Nova da Barquinha

Dia 15 de abril

Vila Nova da Barquinha – Entroncamento – Vale de Santarém – Cartaxo

Dia 16 de abril

Cartaxo – Azambuja – V.F. Xira – Alhandra – Lisboa (Parque das Nações)

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