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CPLP – Identidade Nacional vendida à fatia

A Língua Portuguesa, falada em todos os países onde Portugal já foi soberano e que a mantiveram como língua oficial, julgo ter sido o elemento catalisador que levou à constituição da CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa. O simples, mas significativo facto, de todos os países integrantes terem mantido, desde a sua primeira ligação a Portugal, a língua de Camões, terá constituído esse forte laço que nos manteve unidos numa identidade Lusófona que todos partilhamos. Quando, em 2010, o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, apresentou oficialmente um pedido para adesão à CPLP, a coisa pareceu-me algo absurda, ...

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A Padeira de Aljubarrota

Portugal é um país fatal, porque é, bem vistas as coisas, de fatalismo que se nos vem plasmando a alma desde que o pai de todos nós nos gerou na revolta herética contra a própria mãe. Como se desse começo insultuoso e tortuosamente incestuoso nos ficasse a infectar o sangue um remorso que nos consome. Tempos houve, porém, em que reagimos com grandeza à fatalidade da geografia e, acossados por uma vizinhança ameaçadora, nos entregámos à fantástica aventura dos mares até quase nos assenhorearmos do mundo – e senhores dele nos teríamos realmente afirmado, não fora a reacção enciumada de ...

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Guebuza quer ver a Renamo de volta à Cena Política

O Presidente da República, Armando Guebuza, manifestou na quarta-feira dia 29 de Janeiro, na capital etíope, Addis Abeba,onde está a participar na 22ª Cimeira da União Africana de Chefes de Estado e de Governo, o seu desejo de ver a participação da Renamo, ainda o maior partido da oposição em Moçambique e antigo movimento rebelde, nas próximas eleições gerais agendadas para 15 de Outubro próximo. “A Renamo não participou nas últimas autárquicas, e esperamos que ela participe (nas próximas eleições gerais) e ocupe o seu lugar na sociedade e, em particular, ao nível das políticas que estamos a aplicar no ...

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OS VENTOS DA HISTÓRIA

Referi-me, na semana passada, às recentes investidas do mar com o balanço trágico que se conhece, e devo ter deixado então a ideia de que esta fúria dos elementos que tão inclementemente nos tem fustigado, um pouco por toda a parte, se deve exclusivamente às descabeladas agressões que, com os nossos excessos e destemperos, temos vindo a infligir à Mãe-Natureza que, como sabemos, não suporta ser violentada. Há, porém, nesta visão um outro excesso que resulta da nossa pretensiosa convicção de que somos o centro todo-poderoso do universo, capazes de, através da nossa vontade e acção, determinar o curso da ...

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A ALQUIMIA DOS NÚMEROS

“Tomemos como ponto de partida que 5,5% = bla bla bla 63344529,345, mas 988445,004 ou 2221765,6456 mais 9,34%, onde  2,4% dessa diferença é superior ao valor de 8,76% do que o esperado, isto confirma que contudo, 5,5% é menor do que 6,1%, tal como a receita que tivemos é superior ao valor previsível que teríamos de 6,5% do total de receitas. Parece pois que os números conseguidos serão afinal a solução mais confortável do que qualquer outra que configurasse um óptimo resultado versus o resultado possível com o esforço de todos os portugueses, como aliás o governo tinha previsto.” Eis ...

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CONSULADO PORTUGUÊS EM MAPUTO RECOMENDA “PRECAUÇÃO REDOBRADA”

Consulado de Portugal em Maputo partilhou e distribuiu na terça-feira dia 21 de Janeiro de 2014, à comunidade portuguesa residente em Moçambique um conjunto de recomendações de segurança para evitar a vaga de raptos no país, com quatro casos registados nos primeiros cinco dias do ano, entre outros por confirmar, visto que a maioria não apresenta queixa a Polícia de Moçambique – PRM. Num comunicado em que tivemos acesso, o consulado admite “ter consciência de situações e incidentes ao nível de segurança e criminalidade, que têm ocorrido com alguma frequência”, na zona metropolitana de Maputo, numa menção à vaga de ...

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PÔR EM QUESTÃO A QUESTÃO

Pôr em questão a questão. Duvidar da própria dúvida. Abrir um espaço de debate daqui até ao fim da nossa vida, porque tanta coisa precisa de ser discutida, tanta coisa precisa de ser mudada, tantas certezas precisam de ser desmontadas e tanta gente urge ser confrontada com aquilo em que repetidamente se engana. Vivemos uma anti-utopia em que nada parece poder ser idealizado porque tudo já está determinado e instituído. Há sempre forças, instituições, grupos, partidos, comissões, foruns e iluminados que pensam por nós. E nós chegamos sempre atrasados aos debates onde eles determinaram as nossas vidas, o nosso futuro. ...

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ABERTA FRENTE ARMADA NO SUL DE MOÇAMBIQUE

Homens armados tidos como da Renamo atacaram, na madrugada desta terça-feira, dia 14 de Janeiro, o Posto Policial da localidade de Mavume, distrito de Funhalouro, província de Inhambane (sul do país) matando, na ocasião, um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM). Na mesma ocasião, ainda em Mavume, que dista cerca de 10 quilómetros da vila sede de Funhalouro, os ditos homens armados vandalizaram e roubaram o mercado local e o Centro de Saúde, facto que fez com que durante todo o dia dessa terça-feira funcionasse a meio gás. A incursão dos homens armados da Renamo começou por volta ...

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O VÓRTICE POLAR

Não é bem a morte solitária, ultimamente tão publicitada, que causa impressão nestes casos – afinal morrer é o acto supremamente solitário. O que choca, ou que deveria chocar, é que, neste nosso tempo das redes sociais (do facebook e do twitter), neste tempo que se auto-intitula o tempo da comunicação por excelência, haja tanta gente e cada vez mais, dramaticamente mais, a viver na mais gélida e tumular solidão. Não é, pois, o estar só na morte que nos interpela – que aí estaremos inexoravelmente sós todos, mas que a Vida, essa sim, eminentemente comunhão e partilha, haja tanta ...

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O ESTERTOR DAS SALAS DE CINEMA

Fechar uma sala de cinema é como fechar um jardim. É como encerrar uma creche, como matar um sonho ou destruir uma paixão. Nos últimos meses, depois do encerramento do Cinema Londres, concretizou-se o fim anunciado das três salas do King, tudo na zona de Alvalade, em Lisboa. A razão tem sempre a ver com a fraca afluência do público, que é uma coisa muito difícil de combater, mas outras razões adjacentes e a montante haverá, que têm a ver com um certo tipo de cultura do descartável e do imediato. Duma certa atitude possidónia de encarar a cultura confundindo-a ...

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