No regresso das férias, o Doutor Finanças recomenda a realização de um check-up financeiro às suas contas, para garantir a boa saúde financeira das famílias. Depois das despesas do verão e antes do impacto do regresso às aulas, importa rever todos os encargos e, se necessário, redefinir as metas até ao final do ano.
“No regresso das férias, é fundamental fazer um raio-x às finanças familiares, para percebermos o que está bem e o que pode melhorar. Para muitos, as férias de verão são sinónimo de relaxamento dos bons hábitos financeiros e os gastos extra são frequentes. É altura de voltar as colocar as contas no bom caminho. Para isso, é necessário analisar, rever e definir estratégias condizentes com os nossos objetivos, de forma que este período de maior descontração não comprometa o equilíbrio do orçamento familiar”, explica Sérgio Cardoso, administrador com o pelouro da Academia Doutor Finanças.
Este check-up às finanças pessoais pode ser feito seguindo passos simples, que começam pela criação e atualização do orçamento familiar. Para isso, devemos fazer o levantamento de todas as despesas, essenciais e não essenciais, bem como dos rendimentos da família, e atualizar estes dados com regularidade. Só assim é possível identificar gastos supérfluos e fazer ajustes sempre que necessário.
Depois, é importante verificar as condições contratuais dos créditos, os valores em dívida atuais e se é possível reduzir este tipo de encargos. Se existirem créditos ao consumo, pode ser boa altura para decidir liquidá-los, em especial se serviram para pagar as férias, dado que este tipo de empréstimos são dos que têm as taxas de juro mais elevadas. Da mesma forma, podemos avaliar o recurso à consolidação de créditos, para reduzir o peso das prestações no orçamento mensal.
Se há seguros, outro passo importante é passar em revista as apólices. Caso haja sobreposições nas coberturas das apólices ou os valores estiverem desajustados, pode ser momento de renegociar ou mudar de entidade seguradora.
Neste raio x, devemos também estabelecer ou rever as nossas metas de poupança, tendo em mente que a prioridade deverá ser a constituição de um fundo de emergência, capaz de cobrir todas as despesas familiares durante um período mínimo de três meses.
Neste ponto, se o check-up mostrar que as finanças pessoais estão estáveis, talvez seja a altura ideal para começar a investir. Informar-se sobre os vários produtos que existem, as suas características, riscos associados e quais são as soluções mais adequadas, tendo em conta o perfil de investidor de cada um são os passos a seguir.
Por fim, é preciso tirar conclusões desta análise, fazendo um balanço do que está bem e do que pode melhorar, e implementar estratégias para assegurar uma nova folga financeira.