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Climáximo não confia nas decisões políticas COP26

Climáximo não confia nas decisões políticas da COP26

O colectivo activista Climáximo, afirma que não têm grandes expectativas sobre os resultados da 26.ª conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP26), porque à semelhança das edições anteriores, as “instituições políticas estão desenhadas para proteger o lucro das empresas e não as pessoas e o planeta”.

Ao invés de participar nas negociações institucionais em Glasgow, como muitas organizações ambientalistas portuguesas, o Climáximo vai participar e dinamizar sessões na Cimeira Popular do Clima, que decorre em paralelo, faz parte da organização portuguesa da Marcha Mundial pela Justiça Climática de 7 de Novembro, e convocou para 18 de Novembro o protesto “Vamos Juntas!” – que promete bloquear a Refinaria da Galp em Sines, a infra-estrutura com maiores emissões em Portugal.

Quando questionados sobre o que seriam bons resultados na COP26, referem a eliminação do lobbying de empresas de combustíveis fósseis, planos concretos para limitar o aquecimento a 1,5ºC, planos de financiamento da mitigação necessária no Sul Global, pagos por países do Norte Global, e uma moratória para todos os novos projectos de combustíveis fósseis em qualquer parte do mundo. Resultados que, dizem, têm “0% probabilidade” de acontecer.

Denunciam ainda a influência na União Europeia de 6 petrolíferas (Shell, BP, Total, Equinor, ENI e Galp) e cinco das suas associações empresariais de lobbying desde a assinatura do Acordo de Paris, apontando ao relatório apresentado esta semana que encontrou 71 casos de portas giratórias e 568 reuniões com dirigentes da Comissão Europeia (1,5 reuniões por semana, durante 7 anos).

Este colectivo já tinha divulgado em Abril um Guia para Seguir Cimeiras do Clima onde explicavam porque é que eventos diplomáticos – apesar de serem quase sempre em tom de celebrações de vitória – não resultam em avanços na acção climática. Pretendem com este guia ajudar o público e a imprensa interessada a interpretar os “resultados” da(s) cimeira(s) duma forma mais clara, recorrendo a 7 perguntas-chave:

Quem foi convidado?
Quem está presente?
As discussões são sobre que ano?
Qual é o ano de referência?
Vão cortar as emissões?
Quanto aquecimento causam os compromissos declarados?
Esse compromisso já não tinha sido feito antes?

Para o coletico Climáximo os resultados da COP26 tem “0% de probabilidade de se concretizarem”, depois de 26 cimeiras do clima em que “apesar dos papéis assinados e declarações celebradas, as emissões continuam a aumentar perigosamente”

CC /C.S.

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