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CONFLITO ARMADO NÃO DECLARADO EM MOÇAMBIQUE

Leopardo do GiléUm total de seis agentes da Força de Intervenção Rápida (FRI) morreram em resultado da confrontação armada entre as Forças de Defesa e Segurança/exército (FDS) e os homens da Renamo que procuram, a todo o custo, reactivar a base provincial de Inhambane (sul de Moçambique), localizada no distrito de Homoine, mais concretamente em Pembe.

A confrontação iniciou-se pela madrugada desta terça-feira –7/01- nos povoados de Catine e Nhamungue, quando, tal como se previa, a Força de Intervenção Rápida assaltou o aquartelamento dos homens armados da Renamo. Na verdade, os homens armados da Renamo estavam já de sobre aviso facto que criou uma situação de verdadeira confrontação armada, tendo os tiros se ouvido até às primeiras horas da manhã desta terça-feira.

Além dos seis agentes da FIR mortos, confirmamos por fontes seguras igualmente, que outros 8 agentes feridos deram entrada no Hospital Rural de Chicuque, localizado no distrito de Maxixe (sul de Moçambique). Ainda na região de Catine, confirmou-se que duas pessoas civis foram alvejadas mortalmente devido ao intenso tiroteio que caracterizou a noite e as primeiras horas de terça-feira no distrito de Homoine. Três ambulâncias estiveram nas operações de socorro aos agentes da FIR, tendo algumas partido na sede do distrito de Homoine transportando militares para as zonas de confrontação.

O cenário nas zonas de confrontação é descrito como simplesmente desoladora e ao longo das ruas arenosas e caminhos pessoas pediam socorro a viaturas no sentido de serem transportadas para a vila de Homoine. As que não conseguem meios circulantes preferem mesmo iniciar caminhada até onde poderem caminhar. Das zonas de confrontação até a vila são cerca de 30 quilómetros. O pior cenário verifica-se na vila de Homoíne onde as pessoas chegam a cada instante mas não têm ideia de onde vão dormir e o que vão comer.

Contudo ouve desmentidos por parte da Policia da República de Moçambique (PRM), localizadas em Homoine, do porta-voz e da PRM em Inhambane, e até do comandante dizendo que não tinham conhecimento de nenhum confronto e o que deveria estar a acontecer seriam “ladrões de gado” que se estavam a aproveitar da instabilidade política que actualmente se vive.

O agravamento da situação político militar e a tentativa de desmentir o indesmentível faz-nos acreditar como noutras anteriores ocasiões passadas, quando país caminhava a passos largos para o abismo. Assim esta situação lembra aos Moçambicanos os primórdios da guerra civil dos 16 anos, enquanto a Renamo avançava para vários pontos do país, o governo dizia que eram “ladrões de galinhas” que circulam por ai.

Hoje é o governo que vem dizer que são “ladrões de gado” que circulam por ai, para em menos de 24 horas vir confirmar que estava equivocado, pois, trata-se de facto, de homens armados da Renamo.

Por: Leopardo do Gilé algures em Moçambique.
“escreve sem o acordo ortográfico”

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