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Conspirações e espionagem no Palácio de Queluz

Conspirações e espionagem no Palácio de Queluz

Famoso pelo glamour das suas festas de corte, o Palácio Nacional de Queluz também testemunhou episódios de conspiração e espionagem nos últimos anos do reinado de D. João VI, após o regresso da Família Real do Brasil, em 1821. No próximo dia 30 de março, às 19h00, no Palácio Nacional de Queluz, o jornalista e autor Armando Seixas Ferreira revela esta faceta menos conhecida da história do monumento, mas não menos empolgante.

“Na Real Quinta de Queluz com Armando Seixas Ferreira: O regresso da corte do Brasil e os espiões do Paço de Queluz” traz a debate o clima de grande instabilidade política que se vivia na corte portuguesa após o regresso da Família Real do Brasil. Sucedem-se golpes e conspirações que levam a que a rainha D. Carlota Joaquina, que nunca jurou a Constituição liberal e permaneceu fiel à causa miguelista, seja afastada do poder, ficando isolada no Palácio de Queluz. Daí em diante, como explicará Armando Seixas Ferreira, agentes infiltrados começam a ser enviados diariamente a Queluz para espiar a rainha, num contexto de grave crise política e familiar que marca o início da transição do Antigo Regime para o Liberalismo. D. João VI chega mesmo a recorrer aos serviços de uma polícia secreta para vigiar os conspiradores que entravam e saíam de Queluz.

Esta época particularmente conturbada da história de Portugal, que originará uma guerra civil, é abordada por Armando Seixas Ferreira na obra “1821 – O Regresso do Rei. A Viagem de D. João VI e o Regresso da Corte a Portugal”, editada pela Planeta, em 2021. Atualmente na equipa do “Linha da Frente”, o programa de grande reportagem da RTP1, o autor tem conciliado a sua carreira no jornalismo com o estudo da História da Arte, tendo concluído uma pós-graduação em Mercado da Arte e Colecionismo na Universidade Nova de Lisboa, em 2018.

A palestra marca o regresso dos “Encontros nos Palácios Nacionais” de Queluz e de Sintra, iniciativa lançada no início de 2022. Marcados pela informalidade e procurando novas perspetivas do património, estes “encontros” privilegiam a interação entre o grande público e alguns dos maiores especialistas em áreas tão diversas como História, Museologia, Arquitetura, Ciência e Arte. Através deste ciclo de palestras, a Parques de Sintra, no cumprimento da sua missão, continua a apostar na partilha e na disseminação do conhecimento relacionado com o património que tem à sua guarda.

No mês de abril, no dia 20, também às 19h00, haverá mais um “Encontro”, desta vez no Palácio Nacional de Sintra. “No Paço Real de Sintra com Jorge Veiga Testos: Governar e julgar na corte quatrocentista” levanta o véu sobre os corredores do poder, em particular, da administração da justiça na corte medieval, que era uma função essencial dos monarcas. Quando o rei estava no Palácio, era aí que funcionavam as principais instituições do reino, incluindo o supremo tribunal régio, designado, a partir do século XV, por Casa da Suplicação, como explicará Jorge Veiga Testos, docente e investigador da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que tem estudado a administração da justiça em Portugal no final da Idade Média e início da Idade Moderna (séculos XV e XVI).

A participação nos “Encontros nos Palácios Nacionais” tem o custo simbólico de 1€, mediante compra de ingresso online no site da Parques de Sintra. No final, é servido um cocktail, que propicia o convívio e a troca de ideias entre todos os participantes.

Fonte: Parques de Sintra / C.S.

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