O Consulado Geral de Portugal em Moçambique recomendou aos seus cidadãos para evitarem circular durante à noite nos bairros periféricos de Maputo, face ao agravamento da insegurança e à criação de grupos de vigias comunitárias.
Os subúrbios da capital moçambicana estão a viver situações de perturbação, devido a relatos de assaltos protagonizados por indivíduos que usam ferros de engomar para pressionarem as vítimas a lhes darem dinheiro.
Num “alerta/comunicado de segurança” divulgado no dia 19 de Agosto de 2013, o Consulado Geral de Portugal em Moçambique aconselha os cidadãos portugueses a evitarem andar à noite, principalmente na periferia de Maputo. Segundo reza o comunicado, “Recomenda-se que todos os cidadãos portugueses evitem circular durante a noite, em especial nas zonas e acessos periféricos da cidade de Maputo. Caso tenham de o fazer com viatura, devem evitar fazer paragens e, sempre que possível, devem viajar em grupo, nunca de forma isolada”.
Em caso de interpelação por uma patrulha comunitária, o Consulado recomenda colaboração e diálogo, evitando-se qualquer situação de conflito verbal, “Se forem alvo de extorsão ou de roubo não deverão oferecer resistência e, assim que possível, apresentar queixa às autoridades policiais”.
Face ao período de insegurança que se vive -como tem vindo a ser referido não só neste artigo, mas também em anteriores- a população dos bairros periféricos de Maputo e Matola organizam-se em grupos de vigias comunitários. Devido a uma certa desorganização desses mesmos grupos já ocorreram linchamentos populares de vítimas inocentes, dos quais destacamos um jovem proeminente artista da praça que se encontrava no lugar errado à hora errada.
A Policia da República de Moçambique já referiu que o clima de tensão acalmou, com a prisão de certos elementos que produziam esses distúrbios, assim como o aumento de efectivos policiais nas zonas periféricas.
Por: Leopardo do Gilé, algures em Moçambique
“escreve sem o acordo ortográfico”