Fernando Fontes
Na anterior conversa de “Algo sobre pesca” abordei, muito superficialmente, um assunto delicado e polémico, mas que, infelizmente ainda percorre as atitudes e comportamentos de MUITOS dos nossos conversadores pescadores.
Assunto esse, que, sendo da responsabilidade de todos, é assumido por poucos, parecendo de difícil interiorização, mas passemos ao concreto.
Nas minhas saídas de pesca, quer seja a partir de terra quer seja embarcada, tenho-me deparado com situações insólitas e de perfeito desrespeito pelo MAR, desde tudo o que é consumido e não tem retorno a casa é pura e simplesmente deitado ao MAR, quer seja lançado, se estiver numa embarcação, quer seja abandonado se estiver na praia, poderão dizer…ahh mas os veraneantes também deixam detritos na praia…, é certo que sim, mas nesta conversa falamos de pesca e pescadores e das suas atitudes para com o MAR.
Parece-me que, perante este tipo de situações, há que procurar consciencializar os Pescadores (reparem que escrevi pescadores com “P”) para que ao usufruírem do MAR, tenham o máximo de respeito por ele e que, num futuro próximo não se lamentem dos recursos estarem a escassear por não se apanhar peixe e a pesca que tanto se gosta de praticar começa a não ter o encanto que tinha quando começámos, para além de que, se torna mais difícil aliciar os jovens à prática desta actividade.
Assim, creio ser pertinente que a comunidade de pesca desportiva, nas suas mais variadas vertentes, através de organizações, clubes, fóruns, blogs etc., possam promover actividades conducentes a uma melhor atitude quando em acção de pesca.
Este é um desafio que lanço neste escrito .
Abordei também, na conversa anterior, um outro assunto, esse bem mais polémico, que diz respeito a toda a comunidade de pescadores, a legislação relacionada com a pesca lúdica. Embora me pareça que a discussão à volta deste tema seja praticamente inexistente, salvo com audição a algumas associações, algo se está a começar a movimentar no sentido produzir alterações à actual Lei, e pelo que me foi dado a saber, perfilam-se mais alguns condicionalismos à prática desta modalidade, mas vamos deixar esta assunto para uma próxima conversa, no entanto se houver algum leitor que tenha mais informação sobre o tema, não se iniba e faça chegar essa informação, à redacção do jornal.
Por agora chega de conversa, até uma próxima, e respeitem o MAR sff.
Por: Fernando Fontes
“escreve sem acordo ortográfico”
