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Custos dos benefícios de saúde vão crescer em 2021

Custos dos benefícios de saúde vão crescer em 2021

O estudo “2021 Global Medical Trends Survey”, promovido pela Willis Towers Watson, que inclui dados de 76 países, Portugal incluído, concluiu que se verifica uma queda muito significativa na utilização dos seguros de saúde, devido à Covid 19.

Uma grande maioria da população decidiu a adiar consultas médicas, tratamentos e exames, no entanto, “as previsões são de que, em 2021, esta utilização deverá retornar aos níveis de 2019, à medida que os colaboradores cobertos pelos benefícios reagendarem tratamentos, consultas e cirurgias atrasados”.

Os dados deste estudo confirmam que Portugal é um dos países, onde existe uma forte tendência para complicações de saúde e para o aumento dos custos, nos próximos anos, devido ao adiamento de tratamentos e terapias.

“A pandemia teve, sem dúvida, teve um grande impacto na desaceleração da tendência de crescimento este ano, uma vez que provocou uma queda acentuada em cirurgias não urgentes e nos tratamentos e consultas”, afirma Miguel Albuquerque, Health & Benefits Director na Willis Towers Watson Portugal. “Embora a maioria dos países tenha experimentado um abrandamento na tendência este ano, espera-se que este seja de curta duração. Na verdade, prevemos uma volatilidade significativa nos resultados de 2021, que dependem do impacto da COVID-19 e da disponibilidade de uma vacina no início do ano, de quem paga por ela e da extensão da sua disponibilidade. Além disso, há incertezas sobre como os custos dos testes e tratamento da COVID-19 em 2021 continuarão a ser divididos entre o governo, as seguradoras e as empresas.”

De acordo com o estudo, o cancro (80%), as doenças cardiovasculares (56%) e as que afetam o tecido musculoesquelético e conjuntivo (41%) são as três principais condições a impactar os custos médicos. Curiosamente, cerca de quatro em cada 10 entrevistados prevêem que as doenças mentais estarão entre as três condições mais comuns a afetar os custos com benefícios de saúde nos próximos 18 meses (40%), e entre as três mais caras nos próximos 18 meses (39%).

Vai continuar a sentir-se um clima de incerteza à volta dos benefícios de saúde, à medida que começamos a ver o verdadeiro impacto dos tratamentos adiados em 2020 e os efeitos de longo prazo sobre aqueles que contraíram COVID-19. No entanto, a pandemia acelerou muito a adoção e o uso dos serviços de tele-medicina, o que poderá ajudar a compensar esses custos potenciais mais elevados e a proporcionar uma forma mais eficiente de os segurados acederem e usarem cuidados de saúde no futuro.

O estudo “2021 Global Medical Trends Survey 2021“ da Willis Towers Watson foi realizado entre julho e setembro de 2020 e reflete as respostas de 287 seguradoras médicas, líderes em 76 países.

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