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Dados do setor da saúde à venda na Dark Web

Dados do setor da saúde à venda na Dark Web

As instituições do setor da saúde são um dos principais alvos dos cibercriminosos, demonstrando um elevado grau de vulnerabilidade aos ciberataques, segundo dados do relatório semestral, divulgados pela S21sec, que alertam para o aumento da venda de informações sensíveis de hospitais e clínicas médicas, na Dark Web.
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A S21sec, um dos principais fornecedores de cibersegurança da Europa, publicou o seu Threat Landscape Report, que fornece uma visão geral das ameaças mais relevantes da primeira metade de 2022. De acordo com o estudo, que visa analisar as principais vulnerabilidades e ciber riscos em setores estratégicos a nível mundial, o setor da saúde tem sido um dos mais afetados, com mais de 88 ciberataques confirmados durante os primeiros seis meses do ano.

Desde o início da pandemia, o setor da saúde posicionou-se como um dos principais alvos dos cibercriminosos, demonstrando um elevado grau de exposição a ciberataques. Entre as principais ameaças registadas durante o primeiro semestre de 2022, a equipa de Threat Intelligence da S21sec detetou um aumento dos ‘data breaches’ (comprometimento ou fuga de informação/dados) em hospitais e clínicas, bem como a venda ou leilão de acessos a infraestruturas tecnológicas do setor da saúde e também ataques de ransomware a organizações deste setor. Foram identificados um total de 50 ‘data breaches’ neste período, um número que, segundo os especialistas, poderá ser na realidade substancialmente superior porque algumas clínicas, hospitais e outras organizações não reportam nem publicam os incidentes devido a ignorância ou medo de danos na reputação, e porque nalguns casos os hackers não anunciam para o exterior a venda dos dados roubados.

De acordo com este relatório, as vendas ou leilões de acesso a infraestruturas de hospitais e clínicas (muitos deles acessos com privilégios elevados ou de administradores das infraestruturas) aumentaram em fóruns e chats na Deep e Dark Web. Durante o primeiro semestre do ano, foi contabilizado um total de 33 publicações de vendas ou leilões, isto sem ter em conta os que se realizaram em canais privados ou fóruns com maiores restrições de acesso. “Os dados relacionados com a saúde tornaram-se bastante valiosos e apetecíveis para venda pelos cibercriminosos. A informação é de tal forma valiosa que observámos leilões de venda de informação sobre hospitais nos Estados Unidos, Canadá, França e Reino Unido com um preço inicial de licitação entre 3.000 e 5.000 euros”, refere Hugo Nunes, team leader de Threat Intelligence da S21sec.

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