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Dimitrios Papadatos venceu o 56.º Open de Portugal

Dimitrios Papadatos venceu o 56.º Open de Portugal em Golfe

O 56.º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, o único torneio português do Challenge Tour, de 200 mil euros em prémios monetários, terminou este domingo em Portimão, com vitória do australiano Dimitrios Papadatos, que somou 281 pancadas, 7 abaixo do Par. O campeão nacional Filipe Lima repartiu a segunda posição, com o francês Antoine ROZNER.

O campeão nacional superou o seu próprio recorde nacional de melhor classificação portuguesa na prova, o 3.º posto alcançado em 2005, no Oitavos Dunes, quando o Open integrava ainda o European Tour.

Filipe Lima totalizou 283 pancadas, 5 abaixo do Par, o mesmo resultado com que partiu ontem para a última volta na liderança. Este domingo cumpriu o Par-72 do campo, depois de 3 birdies e 3 bogeys. Nos dias anteriores fizera voltas de 74, 68 e 69. O seu 2.º lugar foi partilhado com o francês Antoine Rozner, autor de voltas de 72, 71, 70 e 70. Cada um recebeu um prémio de 18 mil euros.

Filipe Lima partiu para a última volta na liderança partilhada com o galês Stuart Manley, mas o perigo veio de trás.

Papadatos, de 26 anos, estava 1 pancada atrás, no 3.º lugar, empatado, entre outros, com Pedro Figueiredo, mas assumiu o comando logo no início da última volta com 2 birdies nos primeiros quatro buracos. Nunca mais abandonou o topo da classificação.

Filipe Lima, por duas ocasiões, foi respondendo aos birdies do jogador de Sydney de pai grego e conseguiu empatar na frente, mas 1 bogey no buraco 13 forçou-o a andar atrás do resultado e outro bogey no 18, perante centenas de espectadores, impediu-o até de ficar isolado no 2.º lugar e a ter de partilhar o vice-campeonato com Rozner.

Para além de Lima, houve outros recordes pessoais de portugueses: o 4.º posto de Tiago Cruz, com 4 abaixo do Par, depois de uma última volta em 69 (-3), é a sua melhor classificação de sempre no Open de Portugal e valeu-lhe 9.100 euros, bem como o apuramento para o próximo torneio do Challenge Tour, em Espanha.

O 8.º lugar de Pedro Figueiredo, com 3 abaixo do Par, depois de uma última volta de 73 (+1) e de um prémio de 4.520 euros, passa a ser a sua melhor prestação de sempre no Challenge Tour.

Vítor Lopes foi o melhor amador da prova, recebeu um prémio por esse feito, mas, melhor ainda, o 14.º lugar com 1 abaixo do Par, na sequência de 73 (+1) hoje, é também a sua melhor performance no Challenge Tour ou no European Tour.

E até mesmo João Carlota, que também hoje se contentou com 73 (+1), superou o seu recorde pessoal em torneios do Challenge Tour com uma 22.ª posição, a Par do campo.

Ricardo Santos ainda deu um ar da sua graça, e as suas 69 pancadas (-3) no último dia foram o terceiro melhor resultado da jornada. Fechou no 45.º posto com 4 acima do Par e um prémio de mil euros.

Só Tomás Silva, que vinha de um top-15 num torneio do Challenge Tour em Espanha, poderá sentir um sabor amargo pelo 67.º posto, com 11 acima do Par, sobretudo depois de hoje ter feito a sua pior volta, de 77 (+5), embolsando 510 euros.

Com estes resultados e classificações, Filipe Lima ficou à porta do top-15 da Corrida para Ras Al Khaimah, que no final do ano sobe ao European Tour. O campeão nacional subiu de 114.º para 16.º. Pedro Figueiredo ascendeu de 57.º para 42.º e Tiago Cruz entrou diretamente para o 47.º lugar.

Os portugueses que perderam posições no ranking do Challenge Tour foram Tomás Silva de 79.º para 88.º, e Ricardo Santos de 98.º para 108.º. João Carlota entrou para 126.º

A cerimónia de entrega de prémios contou com as presenças de Isilda Gomes (presidente da Câmara Municipal de Portimão), Lídia Praça (Instituto Português do Desporto e Juventude), Filipe Lima (administrador do Turismo de Portugal), Miguel Franco de Sousa (presidente da Federação Portuguesa de Golfe), José Correia (presidente da PGA de Portugal), Mário Azevedo Ferreira (CEO do Grupo Nau Hotels & Resorts), Gary Buttler (diretor de torneios do European Challenge Tour) e Carlos Glória (do Millennium bcp).

Mário Azevedo Ferreira, no papel de anfitrião, felicitou Filipe Lima e fez votos para que «um dia venhas mesmo a ganhar o torneio»; Miguel Franco de Sousa salientou a presença «de três portugueses no top-10», um recorde nacional no Open de Portugal; José Correia destacou «a importância do Open para se conseguirem 30 convites para portugueses poderem jogar ao longo do ano no Challenge Tour», e Isilda Gomes prometeu «um apoio maior ao evento no próximo ano», enquadrando-o no programa Portimão Cidade Europeia do Desporto em 2019.

Filipe Lima, um dos vice-campeões disse: «Pensava que tinha mesmo capacidade de ganhar hoje o torneio, mas como eu disse ontem é preciso um pouquinho de sorte para ganhar um torneio e hoje não virou para o meu lado.

«É claro que o 2.º lugar é um bom resultado, mas eu vinha com ideia de ganhar. Estou contente de como estou a jogar e isso é o mais importante para o resto da época».

Dimitrios Papadatos, o campeão, que já tinha sua carreira três títulos no PGA Tour of Australasia, declarou: «Esta é a vitória mais importante da minha carreira, já ganhei três vezes na Austrália mas já há algum tempo que jogo no Challenge Tour e no European Tour e não tinha feito nada de especial.

«Isto é um passo importantíssimo na minha caminhada para o European Tour, dá-me confiança para saber que posso jogar bem.

«Ganhar o Open de Portugal é uma grande honra, ver aquele troféu e os tipos que já venceram antes. Sei que teria sido grande para o público local ver o Filipe ganhar mas estou muito feliz por ter sido eu».

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