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Disrupção para travar a destruição

Disrupção para travar a destruição

Na semana em que o Secretário Geral da ONU afirmou que “precisamos de disrupção para parar a destruição”, o movimento por justiça climática encontrou-se em Coimbra no 8º Encontro Nacional por Justiça Climática.

O movimento anuncia agora as suas ações para 2023: Greve Climática Global dia 3 de março; Ocupações pelo Fim ao Fóssil a partir de 26 de Abril; ação de massas no Terminal de Gás em Sines a 13 de Maio; ação judicial contra o Estado Português; e manifestação a 25 de Março contra as hidráulicas no Rio Tejo.

O Encontro Nacional pela Justiça Climática organizou-se pela primeira vez fora de Lisboa. Juntaram-se no Departamento de Física da Universidade de Coimbra mais de 300 particioantes, além de dezenas de organizações envolvidas. Entre 10 e 11 de Fevereiro, trabalhou-se na articulação do movimento pela Justiça Climática a nível estratégico, colaborativo e partilharam-se os diversos projetos para o ano de 2023.

As prioridades delineadas para o início 2023 pelo Movimento pela Justiça Climática incluem a luta contra o aumento do custo de vida a par da crise climática e travar a exploração de combustíveis fósseis e aposta em falsas soluções. O movimento promete fazê-lo radicalizando e diversificando tática.

Contra o aumento do custo de vida e o colapso climático, a Greve Climática Estudantil (GCE) Lisboa e a plataforma de ação Parar o Gás lançaram as datas das próximas ações, com as reivindicações de fim aos combustíveis fósseis até 2030 e 100% de eletricidade renovável e acessível para todas as famílias até 2025.

A GCE convoca mais uma greve climática global, dia 3 de Março, com partida na Alameda (Lisboa), às 10h. Convocam ainda novas ocupações pelo fim ao fóssil a partir de dia 26 de Abril, prometendo ocupar o dobro de escolas e levar a luta para fora de Lisboa.

A Plataforma Parar o Gás convoca todas as pessoas para a ação “mais disruptiva e criativa” alguma vez vista em Portugal, dia 13 de Maio. Nesta ação, centenas de pessoas vão travar o funcionamento da entrada principal de gás fóssil em Portugal – o terminal de GNL no Porto de Sines.

No plenário do Encontro em que estas ações foram anunciadas, o Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres, foi convidado a juntar-se às centenas de pessoas que participarão na ação da campanha Parar o Gás em Sines, no dia 13 de Maio, tornando em ação as suas palavras.

Os próximos passos do movimento não ficam por aqui. Em abril iniciar-se-á a primeira ação judicial do Último Recurso contra o Estado Português, baseado no incumprimento da defesa da Lei de Bases do Clima.

A ProTejo lançou ainda uma manifestação, para dia 25 de Março, em Lisboa, contra a proposta de construção de mais infraestruturas hidráulicas convencionais no rio Tejo.

“As crises em que vivemos não podem ser normalizadas”, afirma Carolina Falcato, do Climáximo, “precisamos de encontrar a coragem dentro do susto para as combater, mas apenas o podemos fazer em conjunto. Todas as pessoas precisam de se mobilizar e participar em ações que criem ‘disrupção para parar a destruição’ climática.”

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