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Escola: Encarregados de educação menos otimistas

Escola: Encarregados de educação menos otimistas

Os encarregados de educação (65%) consideram que o novo ano escolar vai correr melhor do que o anterior – mas já são menos que em 2021 (81%) e 2022 (74%).

O impacto das greves no ensino (52%), potencial violência (45%), bullying (44%), gastos (41%) e discriminação (40%) são algumas das preocupações. Muitos defendem a aprendizagem no âmbito da cidadania e desenvolvimento. 91% gostariam que o uso de telemóvel fosse limitado nas escolas.

O início do ano letivo é um momento de reflexão para os encarregados de educação e tempo de olhar com uma nova perspetiva para mais uma etapa dos educandos. Este ano, 65% têm a expetativa de que este novo ano escolar vai correr melhor do que o anterior, sendo este sentimento mais marcado entre os que vivem na região Norte (69%). Contudo, esta perceção tem vindo a perder força desde 2021 (81%) e 2022 (74%). Os motivos para esta perspetiva são diversos, existindo vários temas que preocupam os encarregados de educação inquiridos no âmbito do Observador Regresso às Aulas 2023, um estudo conduzido pelo Cetelem – marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance.

Preocupados com os gastos e com o ensino

Tendo em conta a atual conjuntura económica, os gastos surgem como uma das principais preocupações (41%), tendo mais expressão no 2.º ciclo (45%), secundário (45%), no ensino privado (49%) e na Região Centro (45%).

Recorde-se que o gasto médio total estimado no começo das aulas é de 632€, um aumento de 107€ em relação ao ano passado. Há igualmente apreensões com o ensino, em virtude da situação dos professores, e impacto das greves no ensino (52%) – com 6 em cada 10 encarregados de educação a afirmar que o seu educando foi diretamente afetado no ano letivo anterior – mas também devido à necessidade de recuperação da aprendizagem pelos alunos (31%), às dificuldades de adaptação a uma nova escola e turma (20%) e no acompanhamento da aprendizagem (29%).

Potencial violência, bullying e discriminação também preocupam

As questões sociais em ambiente escolar, como a potencial violência nas escolas (45%), o bullying (44%) e a discriminação (40%), estão também no cerne das preocupações dos encarregados de educação. 44% revelam estar preocupados com estas temáticas, entre os quais 24% afirmam estar muito preocupados. A preocupação com estes temas é mais elevada nos educandos que frequentam o Pré-escolar (52%) e 2.º ciclo (49%), e aparenta ser tão proeminente no ensino público como no privado (41%). 9% dos educadores afirmam ainda que o seu educando já foi alvo de cyberbullying, com valores mais expressivos no 3.º ciclo (12%) e no ensino privado (13%).

Cidadania é importante no plano curricular

Para os encarregados de educação, as matérias relacionadas com questões sociais, como as lecionadas em cidadania e desenvolvimento, são essenciais no plano curricular. No top 5 encontramos as questões relacionadas com a Saúde (86%), os Direitos Humanos (85%), a Sustentabilidade (82%), a Segurança (82%) e a Literacia Financeira (81%), seguindo-se temas como Empreendedorismo e Trabalho (80%), Segurança Rodoviária (79%) e Sexualidade (77%), o Voluntariado (71%), o Bem-Estar Animal (71%) ou a Igualdade de Género (68%). Já a Participação Democrática e a Literacia Mediática, temas também considerados importantes no currículo por 64% e 60%, são aqueles que os inquiridos afirmam sentir mais dificuldade em transmitir aos educandos em casa.

Da tecnologia na educação aos smartphones no recreio

Ainda no que diz respeito ao ensino, 47% defendem mais aprendizagem avançada no domínio tecnológico (47%) e 52% melhorias nos equipamentos das escolas. 55% dos encarregados de educação tendem também a considerar que os smartphones ou tablets podem ser ferramentas úteis para o ensino. No entanto, 9 em cada 10 encarregados de educação gostaria que o uso destes dispositivos tecnológicos fosse limitado na escola – dividindo-se entre os que gostariam que fosse limitado sempre, independentemente do ano escolar (39%); e os que limitariam apenas nas salas de aulas, mas não nos recreios (34%).

Fonte: Atrevia

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