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Estudo “AVC em Portugal” reconhece o papel do cuidador

A Associação Nacional AVC,  assinala o Dia Mundial do AVC, que se celebra a 29 de outubro, com a apresentação dos resultados de um estudo nacional que avaliou a perceção dos portugueses sobre a doença e as implicações que esta assume na vida dos doentes e familiares.

Uma das principais conclusões do inquérito “AVC em Portugal – O olhar dos Portugueses sobre a doença”, revela que 67% da população identifica a necessidade de reconhecer a figura do cuidador na Sociedade, com direitos laborais especiais e com a criação de uma Carta de Direitos.

Entre as pessoas que assumiram o papel de cuidador de um amigo ou familiar que sofreu um AVC, 61,5% admitem ter sentido repercussões a nível pessoal, como depressão, cansaço e isolamento.
As dificuldades financeiras são também uma preocupação para alguns destes cuidadores. “Temos casos de pessoas que acolhem no seu seio doentes dependentes com muitas vulnerabilidades sociais, económicas e psicológicas. Contextos com carência de alimentos e medicação e com um acompanhamento médico altamente deficitário”, sublinha Clara Fernandes, Presidente da Associação Nacional AVC.

A resistência à redução dos fatores de risco que estão na origem do AVC é um aspeto alarmante e bem visível nas conclusões deste estudo. 67,2% dos indivíduos admite conhecer alguém que sofreu um AVC, mas destes, menos de metade reconhece ter alterado os seus hábitos diários. De entre os 45,4% de inquiridos que admite ter alterado os seus hábitos depois de ter assistido de perto a uma situação de AVC, mais de 70% indicam que mudaram a alimentação, procuraram reduzir o stress, passaram a fazer exames médicos com mais frequência e pesquisaram mais informação sobre a doença. Ainda, 58,8% reconheceram que aumentaram a prática de exercício físico e 42,1% reduziram o consumo de bebidas alcoólicas.

Contudo, apenas 26,8% indicaram ter reduzido ou deixado de fumar. Diogo Valadas, Diretor Técnico da Associação Nacional AVC salienta a importância de reduzir os fatores de risco, indicando que “os estudos mais recentes na área indicam que os fumadores têm uma probabilidade de sofrer AVC três vezes superior em comparação com os não fumadores”.

O estudo “AVC em Portugal – O olhar dos Portugueses sobre a doença”, de cariz quantitativo, foi realizado pela Spirituc, através de 600 questionários telefónicos aplicados de forma aleatória junto da população portuguesa com telefone fixo ou móvel, residente em território nacional, de ambos os géneros, com idade superior a 18 anos. As entrevistas telefónicas foram realizadas entre os dias 06 e 15 de julho de 2015.

Sobre o AVC

Um AVC surge quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido. O sangue leva nutrientes essenciais e oxigénio para o cérebro. Sem o fornecimento de sangue, as células cerebrais podem ficar danificadas, impossibilitando-as de cumprir a sua função.

O cérebro controla tudo que o corpo faz, por isso, uma lesão no cérebro afetará as funções corporais. Por exemplo, se um AVC danificar a parte do cérebro que controla o movimento dos membros, ficaremos com essa função alterada.

A doença é repentina e os efeitos no corpo são imediatos. Os sintomas incluem:

· Dormência, fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (pode ser um braço, perna ou parte inferior da pálpebra descaídos, ou a boca torta e salivante).

· Fala arrastada ou dificuldade em encontrar palavras ou discurso compreensível.

· Visão subitamente enublada ou perda de visão.

· Confusão ou instabilidade.

· Forte dor de cabeça.

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