Os Jovens dos 16 e os 30 anos consideram que as redes sociais são a sua principal fonte de informação e que a maioria está também consciente dos riscos da desinformação online, segundo o inquérito do Parlamento Europeu. 76% dos inquiridos consideram ter sido expostos a desinformação nos últimos sete dias e 70% estão confiantes de que a conseguem reconhecer.
O aumento dos preços e do custo de vida é uma preocupação para 40% dos jovens europeus com idades compreendidas entre os 16 e os 30 anos, de acordo com o último inquérito Eurobarómetro aos jovens, publicado na segunda-feira. Um terço dos inquiridos afirmou acreditar que a UE deve centrar a sua atenção no ambiente e nas alterações climáticas ao longo dos próximos cinco anos, enquanto 31% considera que a situação económica e a geração de emprego devem ser prioritárias.
Quase três em cada dez (29%) jovens querem que a UE dê prioridade à proteção social, ao bem-estar e ao acesso aos cuidados de saúde. Mais de um em cada cinco inquiridos destacou a educação e a formação (27%), a habitação (23%) e a defesa e segurança da UE (21%) como prioridades para a UE. A defesa europeia é uma preocupação particularmente importante para os jovens da República Checa (36%), da Polónia (33%) e da Estónia (32%).
Roberta Metsola disse: “Ouvir os jovens europeus e as suas preocupações é vital para os políticos, os legisladores e para a democracia europeia. Os jovens de hoje estão preocupados com o aumento dos preços, as alterações climáticas, a segurança e as suas possibilidades de encontrar um bom emprego. Estas são preocupações que devemos ter em conta em todas as decisões que tomamos e em todas as leis que aprovamos. Caso contrário, arriscamo-nos a perder uma geração para a desilusão”.
As redes sociais ultrapassam a televisão como principal fonte de informação
As redes sociais são a principal fonte de informação sobre questões políticas e sociais para 42% dos inquiridos, entre os 16 e os 30 anos, sendo a televisão a segunda fonte mais popular (39%). A preferência pela televisão é particularmente notória na faixa etária dos 25-30 anos. Esta faixa etária é também mais suscetível de utilizar plataformas de notícias online e a rádio do que os jovens entre os 16 e os 18 anos. Os participantes mais jovens (16-18 anos) confiam mais nas redes sociais (45%) do que os jovens de 25-30 anos (39%) e confiam mais nos amigos, na família ou nos colegas para obter informações (29% em comparação com 23%).
“O panorama da informação está a mudar rapidamente. Como a maioria dos jovens obtém predominantemente as suas notícias através das redes sociais, os políticos e as plataformas das redes sociais têm uma responsabilidade especial no combate à crescente desinformação”, afirma a Presidente Metsola.