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Falhas no Portal das Matrículas geram reclamações

Falhas no Portal das Matrículas geram reclamações

O Portal da Queixa revela que, este ano, continuam a persistir os problemas de acesso ao Portal das Matrículas, verificando-se um aumento de 20% do número de reclamações dirigidas ao Ministério da Educação (ME), face ao período homólogo.

A plataforma através do qual os Encarregados de Educação processam a informação necessária para matricular os alunos ou renovar a matrícula, gerou mais de 140 queixas até ao dia 30 de junho, data final das inscrições do 2º grupo – 8º ao 12º ano.

Num ano letivo que continuou a ser atípico devido à pandemia, milhares de encarregados de educação não viram facilitada a burocracia das matrículas ou da sua renovação. O modelo de processamento instituído é o online e, segundo apurou o Portal da Queixa, as falhas no acesso à plataforma continuam, este ano, a atormentar muitos pais, voltando a registar-se um novo aumento das reclamações, contrariando a eficiência esperada das matrículas online.

De acordo com a análise realizada pelo Portal da Queixa às reclamações dirigidas ao Ministério da Educação, entre 1 de janeiro e 30 de junho deste ano, 143 queixas estão relacionadas com as dificuldades em aceder ao Portal das Matrículas, um crescimento de 20% face ao período homólogo. Falhas no acesso, bloqueios da plataforma, entre outros problemas técnicos, são os motivos reportados pelos encarregados de educação.

Zurita Fernandes, denunciou na sua reclamação um bloqueio na plataforma: “Desde ontem, que o portal das matrículas fica bloqueado na página dos dados do encarregado de educação. Quando será retificado o problema?”

Outra encarregada de educação, Margarida Loureiro, também descreve na sua queixa as falhas que encontrou na plataforma no ato da matrícula: “Não consigo fazer a matrícula do meu filho. Encrava na escolha das escolas porque não aparece nenhuma opção.”

Carina Miranda, reporta o facto de o portal encontrar-se em manutenção no último disponível para se proceder às matrículas. “Espero que tenham esta situação em consideração e que seja prolongado o prazo.”, sublinha na reclamação dirigida ao ME.

A análise da equipa do Portal da Queixa revela também que o Ministério da Educação regista, atualmente, mais de 1.4 milhões de pesquisas na maior rede social de consumidores de Portugal. O ME apresenta ainda uma taxa de resposta de apenas 26.1% e uma taxa de solução de 28.6%, o que significa que, na maioria das vezes, o problema não é resolvido. A análise do indicador Índice de Satisfação – parâmetro que reflete de forma objetiva o desempenho das marcas e entidades no Portal da Queixa, calculado tendo em conta a atividade das mesmas nos últimos 12 meses, e a interação de cada uma delas com os utilizadores que efetuaram reclamações -, o Ministério da Educação está pontuado com apenas 26.8 em 100 pontos.

Na opinião de Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa: “Infelizmente, todos os anos, temos vindo a receber relatos de experiências negativas na utilização dos canais digitais do estado, através das reclamações que recebemos dos cidadãos portugueses. Em épocas sazonais como esta ou do acesso aos livros escolares, por via do MEGA, as plataformas afetas à educação, manifestam muitas fragilidades na gestão do tráfego inerente ao número de pais que necessitam, por obrigação, de utilizá-las. Como plataforma digital, entendemos as dificuldades associadas à manutenção e desenvolvimento que permitam uma navegação segura e capaz, contudo sabemos que é possível a execução da mesma com o sucesso expectável.”

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