François Hollande, anunciou estar terça feira, medidas que visam uma nova arquitetura das regiões francesas, num pretenso atalhar de caminho à redução da despesa do estado, com o argumento de é urgente “modernizar, descentralizar e dinamizar a administração pública francesa”, segundo se afirma na nota do presidente francês.
A iniciativa que foi divulgada em nota enviada à imprensa, refere segundo o Le Monde, que a idéia é reduzir o número de regiões metropolitanas, passando das atuais 22 para 14, fazendo baixar os elevadíssimos custos do estado, que atualmente se cifram nos 18 mil milhões de euros a que se juntam mais 11 mil biliões, que é o custo anual das entidades locais e regionais.
Segundo a imprensa francesa, o presidente pretende resolver a questão o mais rapidamente possível, tendo inclusivamente dado início a negociações secretas com as principais regiões, sem dar tempo a muita discussão, com o governo do primeiro ministro Valls a pretender ter o novo mapa das regiões, aprovado na reunião do concelho de ministros do próximo dia 18 de Junho.
Para alguns analistas, o Chefe de Estado Francês acaba de deitar mais lenha para a fogueira da crise política que enfrenta e a comprová-lo estão as reações à notícia, que está a ser alvo de uma feroz contestação por parte da oposição francesa e até mesmo do interior do próprio partido socialista, com a exigência da realização de um referendo.
Depois das recentes derrotas eleitorais, sobretudo a última para o parlamento europeu, com o desemprego em espiral e a economia francesa a registar uma estagnação preocupante, François Hollande precisa urgentemente de implementar uma estratégia, que lhe permita sobreviver ao terramoto que está a enfrentar, o que segundo algumas vozes de peso na política francesa, esta proposta já faz parte dessa suposta estratégia, porque dada a celeridade, visa sobretudo atrasar as eleições regionais e cantonais para novembro de 2015, ganhando tempo para enfrentar um novo e previsivel desastre eleitoral.
Hervé Morin líder centrista acusa Hollande de “desenhar a nova França numa hora, a um canto do seu gabinete” enquanto vários altos cargos socialistas, dizem que o plano do presidente, não vai salvar um único euro.