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Governo apoia Agricultores para escoar produtos
Governo apoia Agricultores para escoar produtos

Governo apoia Agricultores para escoar produtos

Os agricultores estão a enfrentar dificuldades para escoar os seus produtos nos mercados locais, quando tinham preparado planos para responder à procura, que decorre habitualmente das festividades da Páscoa.

Segundo a Ministra da Agricultura, “as maiores dificuldades de escoamento são sentidas no setor das carnes de raças autóctones, cuja produção foi programada para responder ao consumo das famílias nesta quadra: “por estarem confinadas e não se juntarem, não estão a consumir” refere Maria do Céu Albuquerque, “a que se junta o setor dos queijos, enchidos e carnes processadas, que tinham como principal destino a restauração, afetados devido ao encerramento do Canal Horeca.

As frutas e os legumes também enfrentam problemas de escoamento, “não só por serem perecíeis, mas também pelo receio infundado no seu consumo”, explicou a ministra.

“Começámos a sentir, em alguns setores, problemas no escoamento dos produtos por diversas razões”, afirmou Maria do Céu Albuquerque numa declaração à Lusa sobre a campanha de promoção lançada e a linha de apoio prevista na portaria publicada no sábado em Diário da República.

Através da portaria publicada no sábado, para “promover e agilizar os canais de comercialização dos produtos locais, alargando as possibilidades de escoamento”, a área de Governo vem estabelecer um apoio de 48 euros diários, 80% da despesa diária calculada, para apoiar as deslocações dos agricultores até aos mercados locais ou pontos de entrega.

No âmbito das medidas excecionais previstas na portaria, o Governo alargou a abrangência das entidades que dinamizem esses mercados, como câmaras municipais, juntas de freguesia ou organizações de produtores e concede apoios para a “adaptação e apetrechamento” dessas infraestruturas dentro dos concelhos ou em concelhos da mesma comunidade intermunicipal.

A despesa elegível para efeitos do apoio oscila entre os 500 e os 50 mil euros, no caso das chamadas cadeias curtas e entre 5 000 e 100 000 euros para os mercados locais.

O Ministério da Agricultura enviou uma carta a todas as comunidades intermunicipais e Associação Nacional de Municípios Portugueses a sensibilizar as câmaras municipais para a necessidade de reabrirem os mercados municipais e locais, dentro das regras de segurança alimentar exigidas.

A campanha «Alimente quem o alimenta», lançada na semana que terminou, tem como objetivo, “apelar ao consumo de produtos locais chamando a atenção do valor dos produtos”.

No âmbito da campanha, o Governo pediu também “às grandes superfícies e cadeias de distribuição para reforçarem as suas encomendas junto dos produtores locais, ajudando a fazer o escoamento dos seus produtos”.

Maria do Céu Albuquerque anunciou ainda que está a trabalhar com os Grupos de Ação Local na criação de “uma plataforma nacional que ligue quem consome e quem vende”.

“É mais uma ferramenta para dinamizar o escoamento dos produtos locais”, que vai “ficar para o futuro”, uma vez que depois do Covid-19, “nada será como antes”, os novos hábitos de consumo a partir da internet criados pela pandemia “devem ser aproveitados”.

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