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Guerra comercial: Empresas americanas são as mais vulneráveis

Guerra comercial: Empresas americanas são as mais vulneráveis

Em resposta às tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, a China anunciou a implementação de taxas de 10% a 15% sobre bens norte-americanos como carvão, gás natural liquefeito, petróleo, máquinas agrícolas e automóveis.

O impacto global desta guerra comercial varia: enquanto a Europa mantém uma forte relação comercial com os EUA. Quase 15% das exportações norte-americanas têm como destino o continente europeu, enquanto 12% das importações vêm desta região. Do lado europeu, essa ligação é ainda mais forte: os EUA absorvem 22% das exportações e representam 14% das importações.

Já no caso da China, a interdependência comercial com os EUA é bastante menor. Para os norte-americanos, apenas 4,5% das importações vêm da China, enquanto pouco menos de 11% das exportações seguem para o mercado chinês. Do lado oposto, os EUA representam 12% das exportações da China, mas apenas 5,5% das suas importações.

No entanto, ao analisar a estrutura produtiva e as cadeias de abastecimento, percebe-se que as empresas norte-americanas parecem estar mais vulneráveis a uma guerra comercial em grande escala com a China do que as europeias, que apresentam maior margem de manobra para se ajustarem. Não obstante, a dependência comercial do Canadá e do México em relação aos EUA é incomparavelmente maior.

Em 2018, durante o primeiro mandato de Donald Trump, vimos os índices chineses a reagirem negativamente à aplicação das tarifas. Contudo, este ano, a reação dos mercados está a ser diferente. À medida que a administração norte-americana tem vindo a adiar algumas tarifas, mesmo quando estas decisões não afetam diretamente o comércio com a China, vemos que o comportamento dos índices chineses até está a ser positivo, com os mercados a desvalorizarem as questões relacionadas com as tarifas.

Análise: XTB

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