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Henrique Neto preocupado com os resultados eleitorais

O candidato presidencial Henrique Neto reuniu com o presidente do Conselho Económico e Social (CES), Luís Filipe Pereira, a quem transmitiu a sua preocupação com o futuro do país, sobretudo porque “podem surgir grandes complicações se a situação política que resultar das próximas eleições legislativas, não garantir estabilidade governativa”.

Para o candidato, o que aí vem pode resultar num “cocktail” socialmente explosivo, se o governo for minoritário, com uma consequente instabilidade política, a que se juntam as taxas de juro a subir, a economia internacional num caos, afectada pelas crises no Brasil, Rússia, China e Europa, a que se junta o problema dos refugiados.

Henrique Neto lamenta que nenhum destes temas, esteja a ser seriamente discutido na actual campanha eleitoral, “o que é trágico e lamentável”.

Nesta conversa com Luís Filipe Pereira, que decorreu na passada terça feira, o candidato presidencial enunciou um rol de questões sobre as quais pediu explicações ao recém-nomeado dirigente do CES, nomeadamente a política sobre as leis laborais, os obstáculos ao consenso na concertação social, a sustentabilidade da ADSE e a definição de uma estratégia nacional para o desenvolvimento.

O Presidente do CES que tomou posse numa altura difícil para a actividade do Conselho, uma vez que em épocas de campanha política, os partidos políticos estão pouco interessados em consensos por ser o tempo em que querem marcar diferenças, mas nesta conversa, Luís Filipe Pereira informou o candidato que tem intenção de anunciar algumas iniciativas para reanimar as actividades do CES, depois das eleições.

Quanto às outras questões colocadas por Henrique Neto, o Presidente do CES reconheceu que o país tem problemas de competitividade, mas que não estão relacionados com as leis laborais. Na sua opinião existem outros factores mais perniciosos para a competitividade da economia nacional, como, por exemplo, a inoperância da Justiça.

Sobre a necessidade de se definir uma estratégia nacional para o desenvolvimento, Luís Filipe Pereira disse estar completamente de acordo com as ideias de Henrique Neto, tanto mais que ele é há mais de 30 anos, precisamente, professor de “Estratégica da Economia” numa faculdade lisboeta. Trata-se de uma questão política, disse o Presidente do CES, “é um problema ideológico, depende dos partidos políticos”.

Henrique Neto aproveitou para esclarecer que, do seu ponto de vista, “o país tem problemas que não são de esquerda nem de direita, são problemas. Uns têm soluções de esquerda, outros de direita”. Para o candidato presidencial, “o problema é que a corrupção afectou ambos os lados da barricada política, e as pessoas já não acreditam em ninguém”.

Sobre a questão da ADSE, Luís Filipe Pereira, que já foi Secretário de Estado da Segurança Social num governo de Cavaco Silva, disse que o sistema é do agrado popular “porque possibilita ao utente escolher o hospital ou o médico onde se pretende tratar”, mas que, na sua opinião, sempre teve problemas de sustentabilidade.

No final do encontro ficaram duas ideias partilhadas pelo Presidente do CES e por Henrique Neto, os equívocos do exercício político têm sido pagos pelo povo e, 40 anos depois da revolução de Abril, o sistema político carece de uma reforma.

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