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Imobiliário superou em 2022 os 34.000M€

Imobiliário superou em 2022 os 34.000M€

As profundas alterações macroeconómicas e geopolíticas não travaram o mercado imobiliário português, que deverá terminar 2022 com mais de €34.000 milhões transacionados, de acordo com as estimativas da consultora imobiliária JLL.

Este montante não só apresenta um crescimento na ordem dos 14% face aos 30.000 milhões de euros de imóveis vendidos em 2021, como estabelece um novo teto de mercado. As transações incluem imobiliário residencial e comercial, adquirido quer por particulares quer por empresas e institucionais.

O imobiliário residencial dá o maior contributo, com vendas que podem atingir os €31.000 milhões, de acordo com a JLL, que projeta a transação de mais de 168.000 casas este ano. A confirmar-se, este valor apresenta um aumento de 10% face aos €28.100 milhões transacionados em habitação em 2021, os quais já tinham estabelecido um volume nunca antes visto em vendas residenciais.

No imobiliário comercial*, a JLL confirma a concretização de operações no valor de €3.300 milhões de euros em 2022, refletindo um aumento anual de 66% face aos €1.950 milhões investidos em 2021 e uma aproximação a outros anos, nomeadamente 2018 e 2019, quando foi ultrapassada também a marca dos €3.300 milhões. Acrescem ainda cerca de €350 milhões de euros em transações de ativos para promoção imobiliária, os quais incluem terrenos e prédios para construção nova ou reabilitação.

Na ocupação, o mercado de escritórios de Lisboa atingiu números recorde, estimando-se uma absorção de 275.000 m2, superior em quase 20% ao anterior máximo de mercado, em 2008. No Porto, a atividade de escritórios deverá somar cerca de 53.500 m2, em linha com o ano anterior. Já o imobiliário de industrial e logística deverá registar uma ocupação de 450.000 m2, abrandando em 25% face a 2021, em reflexo sobretudo da falta de produto disponível. Esta continua, aliás, a ser uma característica transversal aos diversos segmentos de imobiliário, quer para ocupação quer para investimento, o que tem sustentado a subida consistente dos níveis de preços e rendas.

Pedro Lancastre, CEO da JLL Portugal, explica que “iniciámos 2022 a pensar que seria um ano marcado pela recuperação pós-covid, mas o panorama mudou com um clima de guerra na Europa, inflação em níveis que não são vistos há 30 anos e taxas de juro a aumentar depois de anos negativas. Estas novas realidades têm, obviamente, impactos, incluindo a redução do poder de compra das famílias e das empresas e aumento dos custos de financiamento. Mas o facto é que o imobiliário português volta a ter um desempenho surpreendente numa conjuntura adversa. Destaco a absorção de habitação e de escritórios, mas também um ano recorde com volume de transações tanto a nível residencial como no imobiliário comercial”.

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