Visitantes, turistas nacionais ou estrangeiros, nos quais estão incluídos os próprios lisboetas que decidam dormir uma noite fora de casa, num qualquer hotel, pensão ou alojamento local, terão de pagar a Taxa de 1 euro, para financiar o fundo Turístico da cidade.
A medida que entra hoje em vigor, é obrigatória para todos quantos aluguem um quarto, independentemente da dimensão ou função, com ou sem estrelas, a taxa tem de entrar nos cofres do tesouro lisboeta.
A Taxa é aplicada a todos, até mesmo a quem sofrer de insónias, consome xanax, ou foge do azar, basta que se registem dentro do perímetro citadino, independentemente do motivo ou intenção, quer venham de visita, de passagem, em negócios, ou simplesmente numa escapada de duas ou três horas, já sabem, tem de pagar sempre a taxa de 1 euro pelo pecado.
Ficam de fora, segundo o decreto do governador da cidade, as crianças até 13 anos, quem pernoite para obter tratamento médico e os “hóspedes que têm a estadia oferecida” por “entidades responsáveis”, mas a lei não explica quem são essas entidades.
A nova Taxa é destinada aos cofres do fundo Turístico, uma coisa abstrata, que vai financiar outra coisa ainda mais abstrata, os investimentos extras do Governo da Capital.
Entretanto já estão anunciadas outras taxas, que vão taxar quem se arrisca a entrar em Lisboa, quer venha por ar ou mar, uma nova taxa que só não avança hoje como estava previsto, porque o Governador ainda não conseguiu nomear o cobrador.
Por fim já só falta colocar portagens nas restantes entradas da cidade por terra, para que Lisboa fique definitivamente sitiada por Taxas, uma ideia que provavelmente já germina na mente do novo governador, a solução encontrada para fazer frente, aos denominados “investimentos extra” do governo da capital, deste país de faz de conta.
C.S.
